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Hepatites Víricas B e C: o que são?

A responsabilidade de todos

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Voz à Saúde

2017-01-24 às 06h00

Sofia Melo Sofia Melo

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, bactérias, consumo de produtos tóxicos, como o álcool e, ainda, as de etiologia autoimune, isto é, quando o nosso sistema imune desenvolve auto-anticorpos que atacam as próprias células do fígado.
Atualmente, os principais tipos de hepatite conhecidos são os tipos A, B, C, D e E. A gravidade da doença é variável tanto em função do tipo de vírus como, também, dos danos já causados ao fígado quando a doença é descoberta.

As hepatites podem ainda ser classificadas em agudas ou crónicas, cuja diferenciação se baseia na presença ou não de anticorpos protetores no sangue ao fim de 6 meses, denominando-se a última de crónica. Esta pode evoluir e originar complicações graves, como a cirrose, o cancro do fígado e mesmo a morte. Assim, a hepatite B, em 70 a 80% dos casos, resolve-se espontaneamente; porém, no caso do vírus C, apenas cerca de 25 a 30% tem uma resolução espontânea.
A transmissão dos vírus da hepatite B e C pode ocorrer de diferentes formas: por via sexual; por via sanguínea e por via vertical, isto é, de mãe para filho, durante o parto, o que é raro na hepatite C.

E agora a pergunta: quais são os sintomas desta doença?

As pessoas não reagem todas da mesma maneira. Assim, e na maioria dos casos, algumas apresentam-se com queixas inespecíficas, de um mal-estar generalizado; noutras pessoas, podem surgir situações de icterícia, isto é, ficar com uma coloração amarelada nas escleróticas dos olhos e na pele; mas também pode haver manifestações de colúria - urina de cor escura -, falta de apetite, náuseas e vómitos, assim como cansaço excessivo.

O diagnóstico é feito com base na observação médica, história clínica conjuntamente com análises de sangue.
No que se refere ao tratamento no caso da hepatite B, há vários disponíveis, com poucos efeitos laterais, que controlam a doença e evitam a sua progressão; porém, raramente proporcionam a cura.

Já a Hepatite C, nos últimos anos, tem sido alvo de uma grande evolução a nível terapêutico, estando, neste momento, disponíveis tratamentos, que permitem a cura em mais de 95% dos casos; porém, os danos hepáticos, como a cirrose, permanecem, necessitando sempre de uma vigilância. Neste contexto, uma nota deve ser feita: tanto na hepatite B como na hepatite C, nem todos os doentes têm indicação para realizar tratamento, a decisão é tomada individualmente com o médico.

De salientar que há várias maneiras de prevenir estas patologias! Desta forma, deve-se evitar a partilha de objetos pes- soais, tais como escovas de dentes, brincos e corta unhas; nunca partilhar agulhas ou seringas; assegurar a esterilização prévia de objetos cortantes, como a navalha do barbeiro, agulha usada para fazer um piercing ou tatuagem; e usar preservativo.
Em caso de dúvida ou se pretender mais esclarecimentos, procure o seu Médico de Família. Cuide de si! Cuide da sua saúde!

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