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4 ponto quê

A responsabilidade de todos

4 ponto quê

Escreve quem sabe

2020-01-17 às 06h00

Rui Ferreira Rui Ferreira

Foi há pouco mais de 7 anos que entrei no mundo laboral, onde desde então me especializei na estratégia e no investimento das empresas.
Nesta área de negócio tão especifica e influente, o nosso principal foco passa pelo apoio ao crescimento empresarial, que por sua vez influência todo o ciclo económico de um país.
Aqui, somos todos os dias invadidos por temas como a evolução tecnológica, o mundo 4.0, as transformações digitais ou o futuro dos trabalhadores nesta era denominada de 4.0.
Nasci em 1989. Os meus primeiros anos de vida foram passados na rua, onde brincávamos sem qualquer recurso a tecnologia.

Nessa época, os meus pais não tinham telemóvel, ou muito menos um computador. As competências das pessoas no mundo laboral incidiam essencialmente sobre isso mesmo, sobre as características, a personalidade, a força de vontade e a força bruta dessas mesmas pessoas.
Assisti ao nascimento e à evolução dos computadores, assim como à entrada dos telemóveis e de outros tantos aparelhos eletrónicos nas nossas vidas. Uns sobreviveram, outros não.
Acredito efetivamente que a minha geração vive numa época onde se sentiram as mudanças mais disruptivas ao nível tecnológico.
Como disse, há 30 anos atrás ninguém tinha telemóvel. Hoje, controlamos a nossa vida através deles.

Inteligência artificial, robots ou até carros que andam sozinhos.
Foi com a ascensão da internet, essencialmente na década de 90, que começou a ganhar força o conceito 4.0, sustentado pelo significativo avanço tecnológico.
Mas será que com este avanço tecnológico as empresas e as competências que estas procuram nos seus trabalhadores irão modificar assim tanto, tão rapidamente?
Acredito que essencialmente o sistema laboral não está ainda preparado para isso.

Nem vou entrar pelo facto de termos um dos salários mínimos mais baixos da União Europeia ou de ainda trabalharmos o mesmo número de horas que os nossos antepassados trabalhavam.
Acredito também que cada vez mais que serão as competências intelectuais e comportamentais dos profissionais que irão definir o mundo empresarial.
As relações de trabalho mudaram e estão mais horizontais. Para ter uma liderança no mundo 4.0, é preciso adquirir novas competências e explorar cada vez mais as competências intelectuais dos profissionais, abrir espaço, aumentar a participação e chamar a opinião crítica dos colaboradores. Isso aumentará a competitividade e irá melhorar os relacionamentos no ambiente de trabalho, além de enriquecer a forma como o líder mobiliza as pessoas.

A versatilidade e a capacidade de adaptação são competências que as empresas vão procurar nas suas equipas. São essenciais para o ajuste necessário a contextos mais automatizados, onde a vertente humana ganha elevados níveis de exigência. Por outro lado, o autodesenvolvimento é essencial na aquisição de novas competências e uma atitude individual proativa tem início na reciclagem dos seus conhecimentos, trabalhando assim para o seu futuro.Não sendo claro o que nos trará o futuro, tenho a certeza que a tecnologia estará lá, que é com ela que vamos trabalhar e sobre ela que vamos ter de adquirir conhecimentos.

Aqueles que tenham capacidade de adaptação e abertura à mudança irão singrar!

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