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A inteligência artificial e outras tendências tecnológicas para 2019

A responsabilidade de todos

A inteligência artificial  e outras tendências tecnológicas para 2019

Ensino

2019-01-02 às 06h00

Jorge Esparteiro Garcia Jorge Esparteiro Garcia

É sempre difícil prever tendências futuras. Na área tecnológica existe uma dificuldade acrescida, tal a velocidade que esta evolui, e com as inovações que surgem constantemente. No entanto, existem alguns sinais que demonstram como algumas tecnologias irão marcar os próximos anos, e que serão uma tendência neste ano que agora se iniciou.
A Inteligência Artificial (IA) entrou no nosso léxico quotidiano há algum tempo e será a grande tendência em 2019. As empresas tecnológicas estão a apostar cada vez mais na introdução da IA nos seus produtos e serviços. Conceitos como o reconhecimento de imagem, machine learning ou processamento de linguagem natural já fazem parte do nosso dia a dia. E, estas tecnologias estão presentes em muitos dispositivos e aplicações que utilizamos em tarefas pessoais e profissionais. No entanto, em 2019 vai-se começar a assistir a uma maior aplicação destas técnicas em diferentes áreas de negócio. Muitos países estão também a investir em IA, e Portugal é um deles. Até 2020, o governo português irá financiar cerca de 30 projetos na área da saúde, mobilidade e educação (https://www.publico.pt/2018/10/24/tecnologia/noticia/governo-inteligencia-artificial-dados-administracao-publica-1848718).
Dentro da Inteligência Artificial existe atualmente um número infindável de tecnologias e soluções. A automação é uma das que tem ganho mais protagonismo devido à sua aplicação prática. Através de avançados algoritmos de computação, muitas funções e tarefas que são desempenhadas por pessoas, vão ser substituídas aos poucos por dispositivos eletrónicos inteligentes. A face mais visível desta automação serão os drones, robots e veículos autónomos, que estarão mais presentes na indústria e no nosso quotidiano. Por exemplo, os robots e drones estão a entrar em força na indústria, em particular na área da logística, pois permitem executar diversas funções na área dos armazéns com uma eficácia e rapidez, que os humanos são incapazes de competir. Também na entrega e distribuição, os drones irão ser frequentemente mais utilizados. A Amazon foi a primeira empresa a implementar esta tecnologia para a entrega de encomendas em curtas distâncias, mas outras empresas têm também diferentes soluções em fase de testes para serem introduzidas no mercado durante este ano.
Mas a IA não se cinge apenas a máquinas que se deslocam de forma autónoma. Dentro da área do Marketing Digital, iremos assistir à ascensão dos chatbots na internet, que irão interagir com os utilizadores, clientes e seguidores das empresas, e que as ajudarão a melhorar o atendimento ao cliente. Dotados de inteligência artificial, estes operadores automatizados, permitirão oferecer respostas personalizadas e um atendimento personalizado às dúvidas e questões dos clientes, seja num sítio web, numa aplicação para telemóvel, ou numa rede social como o Facebook. Além disso, com os dados que irão recolhendo desta interação com os utilizadores, serão posteriormente capazes de fornecer insights para melhor adequar as estratégias de marketing das organizações.
A IoT (Internet of Things – Internet das Coisas) vai continuar a estar em destaque nos próximos tempos. Surgem diariamente novos dispositivos ligados à internet, tanto em dispositivos wearable, que qualquer um de nós possa utilizar, mas principalmente na indústria, onde cada vez mais os dados em tempo real serão um requisito essencial para o sucesso dos negócios. E, para isso, a tecnologia 5G terá um papel fundamental nesta transformação digital. O aumento da rapidez e velocidade que a quinta geração de internet móvel irá trazer às empresas ainda em 2019, permitirá também o crescimento de outras tendências que surgiram nos últimos anos. O trabalho remoto e a mobilidade dos funcionários serão uma realidade em muitas organizações, e Portugal não será exceção. Com uma velocidade de ligação à internet, que permite aos trabalhadores a realização de tarefas como se estivessem nos escritórios das empresas, a mobilidade e o trabalho à distância serão progressivamente algo natural em qualquer organização.
A crescente digitalização dos dados tem também o reverso da medalha. Se em 2018, a introdução do RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados) permitiu garantir uma maior privacidade e proteção dos dados pessoais, nos próximos meses iremos assistir a um controlo mais apertado por parte das entidades fiscalizadoras, nomeadamente no tratamento de dados biométricos e dos meios de vigilância. No entanto, estes mecanismos de regulamentação têm ainda um longo caminho a percorrer, num mundo tecnológico em que os dados têm uma importância e um valor económico e estratégico progressivamente superior.

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