Ricardo Rio recebeu, na quarta-feira, o prémio atribuído a Braga de segundo Melhor Destino Europeu para visitar em 2019, das mãos de Maximilien Lejeune, CEO do European Best Destinations. Braga foi o segundo destino, logo atrás de Budapeste. Mas... os bracarenses dão 10 a 0 aos budapestinos. É que a cidade, cheia de história, é lindíssima, mas nada tem a ver com os seus habitantes. Os húngaros são frios, desconfiados, pouco simpáticos e, apesar de receberem milhões de turistas, não fazem um esforço para os receber de braços abertos. Mas... alguns contam histórias que nos deixam a pensar. Uma delas marca qualquer um que a ouve, quanto mais quem a presenciou...

Os húngaros viveram as duas grandes guerras. Na segunda, e porque Budapeste era a segunda cidade da Europa com mais judeus, também teve o segundo maior gueto... onde está situada a Grande Sinagoga de Budapeste (a maior da Europa). Foi o último a ser libertado. Quando as tropas aliadas entraram... viram horrores. Milhares de mortos empilhados... Actualmente quem visitar a Sinagoga pode ver uma exposição que recorda a triste história do gueto (um local completamente isolado do mundo exterior, sem fornecimento de alimentos, o lixo e dejectos não eram recolhidos, os mortos nas ruas uns em cima dos outros). A população judaica de Budapeste foi reduzida de 200 mil para 70 mil... Ali, aquela história é cruel e faz arrepiar. Por isso, a história faz de muitos húngaros um povo triste.

Mas sabem reconhecer quem os ajudou. Nos jardins da Grande Sinagoga há uma placa que homenageia todos aqueles que salvaram os judeus e os ajudaram. Mas há outros húngaros, mais novos, que são antipáticos por natureza. Aí os bracarenses dão 10-0... e não é de admirar que para o ano seja o melhor destino. Braga é simpática e sabe bem receber!