André Soares – o nosso patrono!
Conta o Leitor
2011-07-22 às 06h00
Era uma vez um menino chamado João que gostava muito de jogar futebol. Mas o João, ao contrário do Tiago, era um menino com características que o distinguiam dos restantes meninos da sua idade.
João não conseguia correr e saltar como os seus amigos porque tinha excesso de peso. A hora do recreio significava um grande suplício para João que via alguns meninos a correr, outros a brincar animadamente e ele não conseguia. Nada além do futebol o motivava. Passava os intervalos com uma expressão triste e chorava, no final das aulas.
Um dia, João decidiu alterar essa tristeza e ultrapassar o seu grande obstáculo que o impedia de ter amigos, de brincar e, principalmente, de jogar futebol. Decidiu então fazer exercício além das aulas de educação física mas não conseguiu. Cansava-se muito rápido. Sempre que via a bola de futebol a rolar lá na rua, João enchia o peito de coragem e voltava a tentar. Esforço inútil, João queria conseguir correr vários quilómetros mas nem uns míseros metros foi capaz.
Quando se apercebeu que estava a lutar em vão, João chorou, soluçou e amaldiçoou a sua sorte. Na escola continuavam a evitar estar ao pé dele, ninguém o convidava para brincar. Os dias tornavam-se cada vez mais penosos. E sempre que via a bola nos pés dos outros meninos, fechava os olhos e dizia para si: “Um dia serei um grande jogador.”
Então João decidiu que tinha de evitar a comida. Julgou que seria uma táctica infalível. No dia seguinte, começou a comer pouco e tentava correr todas as tardes. Mas ao fim de dois dias, João começou a sentir tonturas e fraqueza. Não, aquela também não era uma boa solução. Estava a colocar em risco a sua saúde. Mais uma vez, deitou-se na cama a chorar pensando que nunca conseguiria correr com uma bola nos pés.
No dia seguinte, levantou-se com vontade de tentar algo diferente. “Desta vez, vou conseguir!” - pensava João. Decidiu deixar de comer os doces que tanto adorava. Na escola todos se iam enquanto comiam os doces e troçavam do aspecto de João. A vontade de ceder às guloseimas era forte mas João sabia que existia algo que o motivava muito mais. Resistiu.
Nesse dia, quando chegou a casa, explicou à mãe todo o seu tormento. Entre lágrimas e soluços, João pensou que a mãe não o compreenderia. Mas estava enganado. A mãe compreendeu e sugeriu a consulta de um nutricionista. João sentiu novamente renascer a esperança.
No dia seguinte, entrou temeroso no consultório e saiu com o peito a explodir de felicidade. Tinha um plano, um meio para atingir o seu objectivo.
Desde esse dia, João iniciou uma dieta rígida mas equilibrada e praticava exercício regularmente. Ultrapassou momentos de verdadeiro desânimo, de frustração porque os resultados surgiam muito lentamente. João sabia que para conseguir alcançar o seu objectivo, tinha de ultrapassar algumas pedras no caminho. Nesses momentos difíceis, o jovem lutador recebeu auxílio da mãe e do nutricionista. A pouco e pouco conseguiu fazer novos amigos que assistiam aos seus esforços de dominar uma bola nos pés.
Um ano depois de consultar o nutricionista e dar um passo decisivo na sua luta, João conseguiu jogar futebol no intervalo da escola. No início ninguém o queria na equipa devido à fama desanimadora que possuia. No entanto, depois daquele dia, todos queriam jogar com o João. E este, feliz, corria com a bola nos pés, recebendo aplausos e sorrisos, tal como os restantes meninos da escola.
João sentiu-se feliz e esqueceu aqueles momentos de troça e desânimo. Entendeu que foi preciso pedir ajuda, abrir o coração com a sua mãe que o compreendeu de imediato e apoiou incondicionalmente.
João é um exemplo de persistência, coragem e determinação. Mas o que o levou à luta foi a vivacidade do seu sonho. Esse é o motor que deve ser valorizado na vida: a força tem de estar naquilo que se pretende alcançar e não nos obstáculos que nos impedem de lá chegar.
Que o João seja um exemplo do que pode existir em cada um de nós.
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