A responsabilidade de todos
Voz à Saúde
2019-12-24 às 06h00
As doenças do foro da ansiedade afetam cerca de 16,5% dos portugueses, segundo a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental e, Portugal constitui um dos países da Europa no topo da lista de incidência.
A ansiedade é uma reação natural do nosso corpo ao stress, sendo no seu estado normal um sentimento saudável. Tal como a dor surge com intuito de alertar para a defesa, a ansiedade é um sinal que emerge para darmos atenção a algo ou impulsionar a pessoa a atingir objetivos, desejos, sonhos e projetos. Mas, quando em excesso, este estado emocional torna-se nocivo, estando a gravidade do mesmo dependente da frequência e intensidade dos sintomas, podendo tornar-se patológico, sob a forma de perturbações alimentares, perturbação de pânico, perturbação obsessivo-compulsiva, perturbação de ansiedade generalizada, depressão, entre outros.
A perturbação de ansiedade é uma doença que submerge o indivíduo em receios, pensamentos negativos e ansiedade em excesso, desencadeando sintomas físicos e emocionais que interferem e prejudicam a vida. Geralmente, são os sintomas físicos que despertam a atenção e catalisam a procura de ajuda, mas esta perturbação atinge a mente da mesma forma que o corpo, sob a forma de sintomas emocionais (como a irritabilidade, nervosismo e medo), sintomas fisioló- gicos (taquicardia, tonturas, hiperventilação, dores musculares e insónias), sintomas comportamentais (inquietude, agressividade e impulsividade) e sintomas cognitivos (dificuldade na tomada de decisão, falta de concentração e preocupação). Com o aumento dos sintomas, a mente entra em estado de alerta e tensão, levando a um fluxo de pensamentos superior, notoriamente do foro negativo.
O tratamento desta perturbação comporta distintas atuações, sendo as mais relevantes o acompanhamento psicológico, onde são utilizadas terapias como a Cognitivo-Comportamental, Hipnose Clínica ou Terapia de Exposição Prolongada, ou a farmacológica, pelo uso de ansiolíticos (curto-prazo) e antidepressivos (longo-prazo), que aliviam a sintomatologia. Quando a ansiedade é considerada severa, o uso medicamentoso é aconselhável, mas sempre aliado à psicoterapia, de modo a que a droga prescrita seja administrada temporaria- mente, até que o indivíduo esteja em remissão dos sintomas e, acima de tudo, em controlo.
No quotidiano atual, devemos ter em atenção esta epidemia com incidência cada vez mais superior e, deste modo, adotar estratégias preventivas para que a ansiedade não atinja níveis prejudiciais:
Exercício, dieta saudável e descanso: Alguns alimentos que são particularmente úteis para reduzir a ansiedade incluem alimentos com ômega 3 (salmão, nozes e linhaça) e probióticos. Alimentos oleosos, açucarados, com alto teor de gordura, processados, cafeína e álcool são de evitar.
O descanso constitui também uma peça fundamental e se a ansiedade já interfere no ciclo do sono, a utilização de estratégias de relaxamento antes de dormir auxilia na regularização;
Mindfulness: através da prática de Mindfulness, é adquirida uma maior mestria na regulação de emoções, pensamentos e sensações à medida que estas emergem no fluir das nossas vidas e traz a possibilidade de modificar as reações automáticas e por vezes ineficazes que temos face às dificuldades do dia-a-dia, aprendendo-se a responder aos desafios inerentes à vida de forma mais adaptativa e equilibrada; Consciencialização e identificação de gatilhos: aprender a reconhecer os padrões de pensamento ansiosos quando estes surgem, ajuda na gestão e redução dos mesmos. Ter consciência da ansiedade começa com a tentativa de identificar a causa e/ou gatilhos e ganhar uma compreensão de como isso afeta o humor e comportamento.
12 Março 2024
05 Março 2024
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário