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Um ano em que a Europa respirou cultura

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Ideias

2018-12-13 às 06h00

Alzira Costa Alzira Costa

Oano de 2018 foi um ano muito importante para a cultura europeia. A União Europeia (UE), em acordo com os Estados-Membros, decidiu definir o presente ano como Ano Europeu do Património Cultural 2018. E, nós, o CIED Minho/IPCA, não poderíamos deixar de contribuir ativamente para o reconhecimento da mais-valia da definição do ano europeu. Assim, sendo desenvolvemos um conjunto de iniciativas com vista à promoção do Ano Europeu do Património Cultural.
Para uma melhor percepção do que representa o património cultural, referenciar que este poderá ser identificado em quatro dimensões: material (edifícios, monumentos, artefactos, vestuário, obras de arte, livros, máquinas, cidades históricas, sítios arqueológicos); imaterial (práticas, representações, expressões, co- nhecimentos, competências, e os instru- mentos, objetos e espaços culturais que lhe estão associados valorizados pelas pessoas, incluindo as línguas e tradições orais, as artes do espetáculo, as práticas sociais e o artesanato tradicional); natural (paisagens, flora e fauna); digital (recursos criados em formato digital (por exemplo, arte ou animação digital) ou que foram digitalizados como meio para assegurar a sua conservação (incluindo textos, imagens, registos). No cômputo geral, o património cultural influencia a nossa identidade e a nossa vida quotidiana, através das paisagens, dos ensinamentos, das tradições, dos livros, e/ou através da gastronomia.
Como podemos constatar, o Ano Europeu do Património Cultural assume uma larga abrangência de temáticas, que nos permitiu recordar memórias, sítios, lugares ou tradições que devem e merecem ser relembrados e preservados para a eternidade. Todos eles transmitem algo único sobre a nossa identidade. Com esta iniciativa, a UE veio relembrar aos cidadãos europeus que pretende uma Europa unida na diversidade – desta vez uma diversidade cultural e identitária. Para além disso, demonstrou o afeto e o respeito por todas as culturas e etnias que a compõem, assim como contribuiu para a promoção do papel do património cultural europeu enquanto elemento central da diversidade e do diálogo interculturais; potenciou o contributo do património cultural europeu para a economia e para a sociedade, através do seu potencial direto e indireto; e, por último, contribuiu para a promoção do património cultural como um elemento importante da dimensão internacional da UE.
Ao longo do ano, as várias regiões da UE proporcionaram a realização de eventos relacionados com o património cultural, com o intuito de levar mais pessoas a descobrirem e explorarem os mais belos recantos e segredos da Europa.
A título de exemplo, referir que no território português, no dia 18 de abril - Dia Internacional dos Monumentos e Sítios - foram realizadas mais de 600 atividades, organizadas por 540 entidades, em 160 concelhos, em que estiveram envolvidas mais de 100 mil pessoas nas respetivas iniciativas, de acordo com os dados publicados pela Direção-Geral do Património Cultural. Estes números representam a clara aposta nacional ao desafio lançado pela UE, e resultam da colaboração das diversas entidades públicas e privadas, que desenvolveram as atividades acima referenciadas.
Neste âmbito, o CIED Minho também desenvolveu um conjunto alargado de iniciativas relacionadas com a temática do Ano Europeu do Património Cultural, com o objetivo de sensibilizar os cidadãos da nossa região para a importância da preservação da cultura tradicional da região do Minho. Para além da transmissão e elucidação sobre a importância da União Europeia, foi ainda possível consciencializar os cidadãos para a preservação de costumes, e tradições da região do Minho.
Em suma, o CIED Minho teve por objetivo chamar a atenção para o papel da cultura e do património no desenvolvimento social e económico da região e motivar os cidadãos para os valores comuns europeus. Com as atividades desenvolvidas, o CIED Minho procurou transmitir os valores de tolerância e o respeito pelos diferentes costumes.
Numa época em que o respeito pelas diferentes culturas está ameaçado pela emancipação de movimentos extremistas, a UE vem dar o mote não só para as oportunidades que o património cultural nos oferece, mas também para os imensos desafios que hoje se nos colocam, como por exemplo, a globalização, o desenvolvimento acelerado da utilização de novas tecnologias de informação e comunicação, assim como as crises de valores e de identidade.
Em mote de conclusão, o CIED Minho informa que a última gravação de rádio “Estado da União” será precisamente sobre o Ano Europeu do Património Cultural. Caso pretenda assistir a este programa, o mesmo será transmitido, em direto, na rádio Antena Minho, no dia 26 de dezembro, pelas 19h20.

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