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“Alto Minho 4D – Viagem no Tempo”: Paredes de Coura dá o arranque à rota da arquitetura tradicional no Alto Minho
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“Alto Minho 4D – Viagem no Tempo”: Paredes de Coura dá o arranque à rota da arquitetura tradicional no Alto Minho

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“Alto Minho 4D – Viagem no Tempo”: Paredes de Coura dá o arranque à rota da arquitetura tradicional no Alto Minho

Alto Minho

2019-01-14 às 19h19

Redacção Redacção

Uma arquitetura sem arquitetos, mas baseada na transmissão oral de saberes das técnicas construtivas ligadas aos materiais locais. É assim que se pode traduzir a arquitetura tradicional, muito presente na região do Alto Minho, e que, no âmbito do projeto da CIM Alto Minho - “Alto Minho 4D - Viagem no Tempo”, terá uma rota com ponto de partida na vila de Paredes de Coura. No sábado passado, realizou-se uma conferência sobre este tema para melhor se compreender este tipo de construções.

Citação

Desde o solar à pequena casa rural, da capela ao conjunto de espigueiros, é grande a diversidade de construções de arquitetura tradicional presente na região do Alto Minho e que marca a paisagem tradicional construída ao longo dos tempos. Segundo explicou na conferência o arquiteto Paulo Guerreiro, “a casa era um espaço de representação social e um espaço produtivo. No Alto Minho, a casa era a base da estrutura familiar, em que dentro da casa se incluíam não só os espaço da família, mas os espaços produtivos e de guarda das produções: adegas, lagares, espigueiros, eiras, etc.” A casa e a sua dimensão era um espaço de afirmação social, pois, “através da casa era possível ler as diferentes camadas sociais que compunham o meio rural do Alto Minho”.
O granito, a madeira e a telha artesanal, por serem materiais caraterísticos da região, eram também os mais utilizados nas construções populares. Isso mesmo poderá ser confirmado ao longo da Rota da Arquitetura Tradicional no Alto Minho, que terá o seu ponto de partida no Museu Regional de Paredes de Coura, expandindo-se a toda a região alto minhota.
Para o presidente da Câmara local, Vítor Pereira, “não há nenhum projeto de desenvolvimento sem as pessoas conhecerem a sua identidade”, pelo que o projeto 'Alto Minho 4D - Viagem no Tempo' ajuda-nos a conhecer melhor o território”. E ainda, segundo o autarca, “Se conhecermos mais sobre o nosso território, mais proximidade e mais intimidade temos com ele e, naturalmente, só assim se consegue identidade e orgulho, de modo a construir um concelho e um território melhor”.
Para Vítor Pereira, projetos em rede como este “é o caminho que temos que fazer: em vez de caminharmos isoladamente, devemos dar as mãos, pois só assim conseguimos ter uma outra coesão, uma outra visão e identidade do território”.
Uma identidade que foi registada para o papel por duas dezenas de urban skecthers que, durante o dia de sábado, percorreram a vila de Paredes de Coura, no âmbito da ação “Skectching com História”. Filipa Fonseca viajou do Porto até Paredes de Coura e descobriu uma realidade fora do festival de música de Paredes de Coura.“ Eu gosto muito de captar o património, mas também as atividades dos sítios, por isso, o meu primeiro desenho foi a feira”, salientou. Filipa diz-se “grata por estar em Paredes de Coura”, pois é atraída por “sítios com vida”, e a vila minhota correspondeu aos seus gostos.
Ainda no sábado passado dezenas de pessoas visitaram o Centro de Educação e Interpretação Ambiental, sob orientação do geógrafo Álvaro Domingues, que terminou com uma performance organizada e programada pelas Comédias do Minho e Teatro do Noroeste.
 
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Recorde-se que o projeto “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo” é promovido pela CIM Alto Minho, com o apoio do Programa Operacional Regional do Norte – Norte 2020, no domínio do “Património Cultural”, e que se propõe em criar uma rede de 10 rotas/ itinerários cronológicos culturais baseados na história e nos bens patrimoniais do Alto Minho. Com esta iniciativa intermunicipal, cada um dos concelhos do Alto Minho encabeçará uma dessas rotas que funcionará como o “portal” de acesso a uma “estação do tempo” (um núcleo museológico que funcionará num determinado espaço físico), que irá dispor de uma série de valências e no qual se apresentará uma sequência de recursos patrimoniais alusivos a essa rota e a serem visitados não só nesse concelho, mas em todo o território, promovendo-se um circuito (touring) cultural pelo Alto Minho e, consequentemente, a mobilidade turística na região.

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