Matheus vezes 400
2018-09-24 às 06h00
Associações de defesa dos animais e Câmara Municipal alertam para a necessidade de reforço de campanhas de adopção. Nova legislação restringe o abate em centros de recolha oficiais.
No dia em que entrou em vigor a lei que limita o abate de animais nos centros de acolhimento, cerca de uma centena de pessoas passearem com os seus cães de companhia por algumas ruas da cidade de Braga. O propósito foi denunciar “os maus tratos e abandono dos animais”.
Mobilizados pela ‘Adandoned Pets Portugal’ e Associação para a Defesa dos Animais e Ambiente de Vila Verde (ADAAVV), os participantes pretenderam alertar a sociedade para a importância da adopção de animais, agora que o abate só pode ser realizado nos canis e gatis em situações muito restritas.
No centro de recolha e acolhimento gerido pela Agere, o abate de animais por razões de sobrelotação do espaço já não é prática desde 2016, mas o abandono de animais é uma realidade que persiste no concelho de Braga, assegura Eduarda Pimenta, voluntária da Abandoned Pets Portugal e uma das participantes na ‘Cãominhada’ de ontem. Assim sendo, a adopção ou acolhimento temporário de animais é uma necessidade permanente, mais agora que a legislação é mais rigorosa na gestão dos centros de acolhimento oficiais.
A Adandoned Pets Portugal é uma das associações defesa dos animais que colabora com a Agere com acções de adopção que têm evitado o abate de animais saudáveis.
Susana Vidal, voluntária da ADAAVV há 19 anos, entende que, a par das campanhas de adopção, é urgente investir na esterilização de animais de rua.
A ADAAVV realiza campanhas de adopção quase todas as semanas e participa na gestão do abrigo municipal de Vila Verde onde estão 140 animais.
Liliana Carvalho, veterinária da Câmara Municipal de Braga, considera que a nova legislação só funcionará “se a sociedade trabalhar em rede”, apontando a iniciativa da manhã de ontem como “ exemplo” dessa intervenção.
Aquela responsável destacou que, em 2017, a taxa de adopção de animais no concelho de Braga foi de 89%, superior à média nacional.
A veterinária municipal explicitou que apenas animais em sofrimento, com doenças incuráveis ou com comportamentos agressivos sem possibilidade de entrega responsável poderão ser eutanasiados.
O centro de acolhimento da Agere dispõe de 30 boxes para cães e 20 para gatos, além de boxes para situações de quarentena.
Proibição do abate para combater sobrelotação de canis
A lei que proíbe o abate de animais como medida de controlo da população entrou ontem em vigor mas os responsáveis veterinários afirmam que o problema dos animais abandonados vai aumentar. A partir de agora é proibido o “abate de animais em centros de recolha oficial de animais por motivos de sobrepopulação, de sobrelotação, de incapacidade económica ou outra que impeça a normal detenção pelo seu detentor”.
De acordo com a lei, os animais acolhidos pelos centros de recolha oficial que não sejam reclamados pelos seus donos no prazo de 15 dias, a contar da data da sua recolha, são “considerados abandonados e são obrigatoriamente esterilizados e encaminhados para adopção”.
O diploma prevê a “integração de preocupações com o bem-estar animal no âmbito da Educação Ambiental, desde o 1.º Ciclo do Ensino Básico” e “campanhas de sensibilização para o respeito e a protecção dos animais e contra o abandono”.
Em vigor desde Setembro de 2016, a lei que estabelece a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população estabelecia um período transitório de dois anos para adaptação.
28 Março 2024
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