Quadros bíblicos são “marca identitária” dos Passos de Celeirós
2018-12-18 às 06h00
Fogo em duas empresas da Rua Cidade do Porto obrigou à mobilização de mais de 100 operacionais dos bombeiros, Protecção Civil, PSP e Polícia Municipal. Cerca de 20 viaturas ficaram destruídas.
Um incêndio de grandes dimensões destruiu ontem um armazém de tintas e uma oficina de automóveis localizados na Rua Cidade do Porto, em Maximinos. O fogo não fez vítimas e no local estiveram 117 elementos de várias corporações de bombeiros (Sapadores e Voluntários de Braga, Amares, Taipas e Póvoa de Lanhoso), Protecção Civil Municipal, Polícia Municipal e Polícia de Segurança Pública, apoiados por 23 viaturas.
O alerta foi dado por volta das 7.30 horas, mas alguns vizinhos falam em explosões a partir das 6.45 horas.
“Entre as 6.45 horas e as 7 horas estava a tomar o pequeno almoço e ouvi a primeira explosão. Quando cheguei aqui estava tudo a arder e já ninguém passava”, Carlos Ferreira, morador da zona e funcionário da empresa ‘Serafim da Silva Jerónimo’, situada em frente às empresas afectadas.
Outro dos funcionários da mesma empresa, José Duarte, disse ter chegado ao local antes das 7.30 horas “para ir à bomba (de gasolina) e isto já estava cheio de fumo e estava tudo a arder. Ouvi explosões que deviam ser as tintas que tem lá dentro e estava tudo em chama. Depois vieram os bombeiros. Parecia o inferno, com os vidros das montras todos a estilhaçar”.
O comandante dos Bombeiros Sapadores de Braga (BSB), João Felgueiras, confirmou que o alerta foi dado pelas 7.30 horas. O incêndio “deflagrou numa fábrica de tintas, que se propagou rapidamente a uma oficina de reparação de automóveis. Quando os meios chegaram ao local estava tudo tomado pelo incêndio e foi possível contê-lo para que não se propagasse às instalações adjacentes”, afirmou João Felgueiras.
O comandante dos bombeiros afirmou que algumas latas de tinta e diluentes explodiram. O mesmo responsável revelou ainda que “o grau de destruição (das duas empresas) é tal que não é possível regressar ao trabalho”. Cerca de 20 viaturas ficaram destruídas.
As causas do incêndio estão a ser investigadas pela Polícia Judiciária. O incêndio foi dominado por volta das 10 horas e entrou em fase de rescaldo ao fim da manhã. Uma bomba de gasolina situada do outro lado da rua foi encerrada por precaução.
Uma fonte da administração da empresa garantiu aos jornalistas que vão fazer os possíveis para manter os 23 postos de trabalho.
No local estiveram vários funcionários das empresas, muitos deles com lágrimas nos olhos.
O trânsito na Rua Cidade do Porto esteve cortado, durante toda a manhã, no troço entre as rotundas da Ponte Pedrinha e da ‘Grundig’.
16 Março 2024
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