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2023: um ano de grandes incógnitas

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2023: um ano de grandes incógnitas

Ideias

2023-01-02 às 06h00

Felisbela Lopes Felisbela Lopes

Há um ano, olhávamos 2022 como um tempo libertador dos constrangimentos da pandemia. Agora, queremos muito que 2023 crie espaços de negociação para terminar com a guerra na Ucrânia e oportunidades para combater uma inflação pesada. A nível local, ambicionamos políticas que cuidem melhor das cidades que habitamos. No entanto, qualquer previsão é muito arriscada.
Olhando a imprensa deste fim-de-semana, salienta-se um expressivo aumento do custo de vida. Se alguém julgava que o pior estava a passar, talvez seja mais prudente pensar que há ainda muitas dificuldades pela frente. Nos primeiros meses, poderemos contar com uma forte subida dos preços dos transportes e das comunicações. Quem tem empréstimos bancários ou esteja prestes a contrair uma dívida para comprar casa deverá continuar a fazer contas e a reinventar formas de poupança que garantam o cumprimento das prestações. No sábado, o Dinheiro Vivo dizia-nos que a perda de poder de compra dos salários pode durar três anos no cenário mais otimista ou décadas segundo projeções mais severas. Esta informação é dada com base num estudo publicado pelo Centro de Competências de Planeamento, Políticas e Prospetiva da Administração Pública, tutelado pelo Governo.

A nível internacional, o maior problema está em Putin. Se insistir na guerra, o Presidente russo irá continuar a condicionar a geopolítica à escala mundial e a vida de todos os dias de muitos cidadãos do mundo ocidental, principalmente daqueles que auferem rendimentos baixos. Ontem, a tomada de posse de Lula da Silva abriu uma janela de esperança para um Brasil mais tolerante com a diversidade e mais empenhado na defesa da Casa Comum. No entanto, há ainda demasiados pontos nevrálgicos em várias geografias a desinquietar-nos. Nos EUA, Trump continua a ser uma ameaça, na China Xi Jinping dá demasiados sinais de perigo...
Dentro de portas, o ano começa com um ministério de pernas para o ar, o das Infraestruturas e Habitação. O caso da indemnização a Alexandra Reis por parte da TAP está longe de ficar esclarecido e a demissão de Pedro Nuno Santos não pacifica o tema. De regresso ao Parlamento, agora na bancada socialista, o “enfant terrible” do PS ameaça ser uma voz incómoda dentro de uma maioria absoluta que não dá descanso a António Costa. Vamos ver se, em 2023, o Governo se livra finalmente dos “casos e casinhos”.

Na política local, precisamos de políticas que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos. Temos de nos livrar das “festas e festinhas” para nos concentrarmos naquilo que é estruturante num concelho: a construção das infraestruturas necessárias, o apoio à educação, a promoção de medidas que cuidem do meio-ambiente e promovam a sustentabilidade e preservação dos espaços comuns. Por estes dias de intensa chuva, é impressionante a quantidade de buracos nos passeios e ruas da cidade Braga. Também não se percebe por que certas artérias continuam com uma desadequada iluminação pública. Ter uma cidade bem iluminada não é apenas uma questão de dinheiro, pode ser conseguido através uma reformulação da rede existente (outro tipo de lâmpadas, outro posicionamento dos candeeiros...).
Mesmo imersos em tantas incógnitas quanto àquilo que 2023 nos trará, cá estaremos para procurar fazer o nosso caminho. Pela minha parte, o meu desejo é o de sempre: saúde!

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