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5 de outubro – Dia Mundial do Professor

A responsabilidade de todos

5 de outubro – Dia Mundial do Professor

Voz às Escolas

2019-10-07 às 06h00

Hortense Lopes dos Santos Hortense Lopes dos Santos

O Dia Mundial do Professor comemora-se a 5 de outubro. Esta comemoração começou há 25 anos, por proposta da UNESCO.
Ser professor é motivo de orgulho, é uma missão desempenhada diariamente, mesmo quando não temos os alunos na escola. O nosso trabalho não acaba quando, no fim do horário letivo, se fecha a porta da sala de aula.
Em 2019, esta comemoração tem ainda mais relevância pelo lema que a UNESCO apresenta – “Jovens Professores: O Futuro da profissão”.

De facto, todos sabemos e falamos no envelhecimento dos professores em todos os graus de ensino e a entrada nas nossas escolas de profissionais mais jovens só se verifica pontualmente.
Acrescento que, ao longo do ano, temos cada vez mais dificuldade em substituir professores temporariamente ou por períodos mais longos. Não nos podemos esquecer que as Universidades sentem menor procura nos cursos de formação de professores. Precisamos celebrar e defender a nossa profissão e captar mais jovens para ela.

Na página online da UNESCO são apresentadas várias mensagens (em várias línguas, mas não em português), sobre o lema que aqui refiro. A este propósito, apresento a mensagem conjunta (traduzida e adaptada) de Audrey Azoulay, Diretora Geral da UNESCO, de Guy Ryder, Diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho, de Henrietta H. Fore, Diretora Executiva da UNICEF, de Achim Steiner, Administrador do PNUD e de David Edwards, Secretário Geral da Educação Internacional:
“O trabalho do professor consiste em despertar o gosto pela expressão criativa e pelo conhecimento. Hoje, Dia do Professor, segundo a lição de Albert Einstein, celebramos a experiência, a energia e a paixão dos docentes, que são o pilar fundamental dos sistemas educativos do futuro.
Contudo, os docentes são também fundamentais para o rejuvenescimento da própria profissão. Sem uma nova geração de docentes motivados, milhões de alunos serão privados do seu direito a uma educação de qualidade. Ao ser a docência uma profissão mal paga e desvalorizada, torna-se difícil atrair e manter o talento. As taxas de abandono aumentam rapidamente em todo o mundo, devido em parte à precaridade do emprego e as escassas oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Além disso, faltam recursos para as crianças com necessidades educativas especiais, os refugiados e os alunos multilingues.
É urgente atuar. Os números proporcionados pelo Instituto de estatística da UNESCO são bastante preocupantes: o mundo precisa de 69 milhões de novos docentes para cumprir a agenda Educação 2030. As desigualdades mundiais poderão aumentar diretamente, já que 70% dos países subsarianos enfrentam uma grande escassez de docentes, percentagem que ascende a 90% no ensino secundário. Estes problemas são mais importantes nas zonas rurais e afectadas por crises dos países em desenvolvimento. Os docentes, em particular as mulheres, correm o risco de sofrer violência. O fluxo para as áreas urbanas deixa as áreas rurais sem professores suficientes.
Nas reuniões mundiais sobre educação reafirma-se a função essencial dos docentes para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Para este fim, os sistemas educativos necessitam de ideias inovadoras sobre o modo de recrutar, formar, incentivar e reter as mentes mais brilhantes para as aulas do século XXI.
Os meios de comunicação e as novas tecnologias devem ser instrumentos para elevar a profissão docente e demonstrar a sua importância para os direitos humanos, a justiça social e alterações climáticas. Os governos, por seu lado, devem melhorar o emprego e as condições de trabalho.
Esta questão apresenta maior urgência pela escassez de candidatos jovens para substituir os 48,6 milhões de docentes que provavelmente se aposentarão na próxima década.
Com o tema “Docentes jovens: o futuro da profissão”, reconhecemos a importância crítica de reafirmar o valor da missão docente. Instamos os governos a que façam da profissão docente uma profissão de primeira escolha para os jovens. Também convidamos os sindicatos de docentes, os empresários do sector privado, os diretores de escola, as associações de pais e professores, as comissões de gestão das escolas, os funcionários do setor da educação e os formadores dos docentes a que partilhem os seus conhecimentos e experiências para promover o surgimento de um corpo docente dinâmico.
Sobretudo, celebramos o trabalho dos docentes de todo o mundo que continuam a esforçar-se diariamente para que a “educação de qualidade, inclusiva e equitativa” e a promoção das “oportunidades de aprendizagem permanente para todos” se convertam na realidade em todos os recantos do planeta.”
Pela minha parte deixo uma palavra final aos jovens que hesitam ser professores: ensinar é aprender duas vezes!

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