A Escola Pública ideal em Portugal seria um estabelecimento de ensino onde se promove, acima de tudo, a igualdade de oportunidades, a excelência educativa e a formação integral dos seus alunos. Esta visão de escola assenta em pilares fundamentais como a inclusão, a inovação pedagógica, a sustentabilidade e a ligação com a comunidade. Para alcançar tais objetivos, é imperativo que o sistema educativo se adapte às necessidades de um mundo em constante mudança, preparando os jovens para desafios futuros, mantendo sempre o respeito pela diversidade cultural e individual.
A inclusão seria a pedra basilar da Escola Pública ideal. Todos os alunos, independentemente do seu background socioeconómico, necessidades educativas especiais ou origem étnica, teriam acesso a uma educação de qualidade que respeitasse e valorizasse as suas diferenças. Isto implicaria uma aposta firme na formação de professores e outros profissionais de educação, capacitando-os para responder às variadas necessidades dos seus alunos, promovendo metodologias de ensino que se ajustem a cada um, como referido por Paulo Freire, que defende uma pedagogia centrada no aluno, onde "a educação é prática da liberdade, daí resulta que só é verdadeiramente livre quem é capaz de, conscientemente, transformar a realidade".

A inovação pedagógica seria outro pilar essencial, integrando tecnologias educativas que facilitassem a aprendizagem e tornassem o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico e interativo. A escola ideal estaria equipada com as mais recentes tecnologias e recursos didáticos, promovendo a utilização crítica e criativa destas ferramentas tanto por alunos como por professores. Este enfoque na tecnologia e inovação pedagógica permitiria uma abordagem mais personalizada e adaptável ao ritmo de aprendizagem de cada aluno, incentivando a autoaprendizagem e o pensamento crítico.
Sustentabilidade e consciência ambiental seriam também valores inculcados na comunidade escolar, preparando os alunos para serem cidadãos responsáveis e conscientes dos desafios globais do século XXI. A Escola Pública ideal integraria no seu currículo projetos e atividades que promovessem a sustentabilidade, ensinando as crianças e jovens a importância de preservar o meio ambiente e incentivando práticas ecológicas no dia-a-dia escolar.
A relação com a comunidade seria fortalecida através de parcerias com entidades locais, organizações não-governamentais e empresas, enriquecendo o currículo educativo com experiências reais e práticas, e facilitando a transição dos jovens para o mercado de trabalho. A escola ideal funcionaria como um centro comunitário, aberto a todos, promovendo a aprendizagem ao longo da vida e integrando as famílias no processo educativo dos seus filhos.

A ocorrência de eleições legislativas em Portugal representa uma oportunidade única para reavaliar e reformular as políticas educativas, alinhando-as com a visão de uma Escola Pública ideal.
É crucial que os partidos políticos e os candidatos apresentem propostas concretas e inovadoras para a educação, que contemplem investimentos no pessoal docente e não docente, modernização das infraestruturas escolares, inclusão de tecnologias educativas avançadas, e implementação de práticas pedagógicas que promovam a sustentabilidade e a cidadania ativa.
Assim, as eleições legislativas não são apenas um momento de escolha de governantes, mas também uma janela de oportunidade para reimaginar e reconstruir o futuro da educação em Portugal, tornando-o mais inclusivo, inovador e adaptado às necessidades do século XXI.
Ser melhor na Europa e no Mundo, requer um compromisso coletivo e um investimento contínuo por parte de todos os stakeholders envolvidos na educação, desde o governo às famílias, passando pelos profissionais de educação e pela própria sociedade civil.