O fim da alternância
Ideias Políticas
2020-05-12 às 06h00
O dia 9 de Maio de 1950, data da Declaração de Schuman que mais tarde veio dar origem à União Europeia. Vivido em circunstâncias extraordinárias é o momento de recordar e celebrar, pois ele significa a paz, a solidariedade, a cooperação e o compromisso entre os povos.
Assumo-me profundamente europeísta e sublinho a importância de Portugal ter aderido ao projecto Europeu.
O desenvolvimento que daí adveio é inegável, do ponto de vista económico, social e até da consolidação da democracia. Este é também o momento de evocar os valores para nós basilares e de reforçar a defesa da Europa e da União Europeia em que acreditamos.
Celebrar a Europa é lembrar os Estados. Lembrar que são eles os protagonistas do projecto Europeu, na medida em que partilham de forma voluntária parte da sua soberania. Esta Europa de Estados é a que defendemos. A Europa que desejamos é uma Europa subsidiária, útil aos seus cidadãos e que pauta a sua acção com base no impacto que assume nas suas vidas. Recusamos de forma inequívoca uma Europa uniforme e centralizada.
A Europa que defendemos é Atlântica, Ocidental e defensora da ordem multilateral. Ela é uma Europa de parcerias, de compromissos e de consensos. É nesta Europa que queremos que Portugal cresça e floresça.
Setenta anos passaram desde a Declaração de Schuman e a Europa enfrenta dificuldades e incertezas. Muitos defendem que a solução passa por maior integração. A esses respondemos que não. A Europa em que acreditamos não precisa de mais integração, mas sim de maior cooperação. Não precisa de harmonização fiscal, mas sim de competição e de concorrência. Não precisa de impostos Europeus, mas sim de respeitar a soberania dos países. A Europa que defendemos não se superioriza aos Estados que a compõem. Ela reconhece-lhes o direito de veto. Ela é livre e plural. Moderada e aberta. Ela respeita os Estados por igual e nunca será federal.
Este é também o dia de afirmar o nosso país. Este Portugal europeu, livre e democrático que precisa de ser defendido. Porque se para muitos ele é periférico, a verdade é que na Europa que defendemos, ele é central, é a porta para África e para o continente americano.
Setenta anos passaram e hoje a Europa precisa de quem tenha uma visão para o seu futuro. Hoje, assumimos-nos novamente como a defensora duma Europa descentralizada e cuja prioridade maior são os seus cidadãos.
Há 70 anos o “velho continente” precisou de líderes corajosos e hoje volta a precisar deles. Se os “Pais da Europa” começam a desaparecer, hoje somos nós, os seus filhos e netos que a vamos proteger.
19 Março 2024
19 Março 2024
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário