O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2021-11-07 às 06h00
Talvez desejo mais sublime seja, é o de ser feliz. Há quem diga que, a felicidade é uma utopia. Talvez não seja assim, tão linear. O problema, é que grande parte das pessoas, circunscreve a felicidade, a metas e a realizações pessoais, tais como, por exemplo: ter o emprego “de sonho”, a casa que sempre idealizou, ter um/a companhei-ro/a, o status pela a almejada visibilidade social que sempre desejou alcançar etc. Estar satisfeito/a com a vida não é o mesmo que estar feliz. Estar satisfeito/a pode significar que “algo falta” completar. Um vazio, ou uma lacuna que ainda não está preenchido. Confirma-se que, o bem mais precioso que se pode ter é a saúde. Correto e afirmativo, mas não só. O amor manifesto em afeto. A força mais poderosa. A força que nas reviravoltas da vida tudo muda para melhor, mesmo o pior dos “cenários”. Uma deceção pode adoecer. O afeto, a atenção, o carinho, podem curar. A insatisfação do “ter tudo” e parecer ao mesmo tempo, que “nada se tem” encobre a carência emocional, de algo que falta preencher aquele vazio que as materializações das conquistas pessoais não chegam. Ter saúde, um bom emprego, bons amigos, mas uma péssima família, não é sinónimo de felicidade plena. Ter os melhores amigos, uma família maravilhosa, um emprego que realize profissionalmente, mas sem saúde, seja a mesma, física ou mental, não se é feliz na sua plenitude. Sem amizades, mesmo que se tenha tudo o resto, não se é inteiramente feliz. Os empregos, embora nem sempre percebidos, importantes para a felicidade, também contribuem para a mesma, pois afinal, passamos grande parte de um simples dia a trabalhar. Isto para se perceber que todas as áreas de vida, atras referidas, sem exceção tem a sua importância para a realização emocional e plena do ser humano. Mesmo na “subtração” de uma área menos feliz, e mesmo que se possa entender que todas as outras restantes, possam colmatar essa lacuna, repare que num futuro mais adiante da sua vida irá mesmo repensar no “que lhe falta”. Há no entanto, algo que une, todas as áreas de vida. Repare, no afeto de uma família que se ama incondicionalmente e se entreajuda emocionalmente. Repare no bem-querer sincero de amizades verdadeiras. Repare na crença pessoal pelo amor próprio que se tem, que resulta numa confiança inabalável, nas capacidades individuais perante as adversidades (mesmo perante quem quer fazer desacreditar de que as possamos as ter). Observe que também na saúde, o “estar-se bem” tem um impacto direto no sistema imunitário que permite ser mais resistente à doença. De realçar que, quase ninguém consegue ser “bem-sucedido/a”, a 100 por cento, em todas as áreas de vida. É “humanamente impossível”, porque muitos dos contextos de vida não dependem em exclusivo da própria pessoa, mas sim também das pessoas com as quais se relaciona, que muitas vezes não pretendem mudar, porque acham que estão bem assim. O mais importante é que as áreas de vida estejam equilibradas e funcionais. Por forma a clarificar, tome-se o exemplo de uma pilha e suponhamos que as áreas de vida são pilhas. Se três das quatro estiverem em funcionamento ótimo, mas uma quarta estiver com uma carga muito baixa, influenciará todas as restantes. O funcionamento normal poderá ser conseguido por instantes, mas o funcionamento pleno não está atingido. O mesmo se passa com a nossa vida, nas áreas de vida como a família, saúde, trabalho e amizades/social, quando algo não está bem, acaba por afetar. A felicidade, a verdadeira, não se completa ou se preenche por outros pilares. Cada um vale por si. Isto para dizer que, ser muito realizado em determinada área de vida, não é, ser feliz e que às vezes não é importante ter / conseguir muito e ficar “desfalcado/a” numa outra parte. Às vezes “estar equilibrado/a” em todas as áreas de vida, mesmo que não seja no “funcionamento pleno e total” é bem melhor do que estar apenas realizado a 100 por cento em determinada área. Valorize o que tem, a sua vida. Percalços são percalços e todos temos. O importante é ser determinado/a, seguir em frente. Ser resiliente também ao que não se pode mudar e que muitas vezes, não está “nas nossas mãos”. O equilíbrio emocional é que determina a sua felicidade. Às vezes, não nos apercebermos que com pouco, é-se muito mais feliz do que com muito. Agradeça à vida por todas as aprendizagens, mesmo as mais difíceis. Estas prepararam-no/a para o momento atual, o de ser forte! Só podemos mudar quando há “o clique” que algo em nós, não está bem. A felicidade não é uma utopia, é sim a atitude que temos perante a vida.
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