O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2016-03-13 às 06h00
Há sempre algo que não está ao nosso alcance, aquela peça de roupa lindíssima que nos “prende os olhos” exposta numa montra, o automóvel ou a habitação dos nossos sonhos, aquela viagem que sonhámos desde pequenos (as) um dia fazer… estes são alguns dos exemplos de situações que financeiramente nem sempre é possível a sua aquisição ou concretização. Daí ouvir-se o seguinte desabafo “Quem me dera ser rico(a)!”.
As opiniões divergem, pois se para uns o dinheiro “compra” mesmo a felicidade, para outras não “compra” mas ajuda (ex.“Não ter de contar o dinheiro, e ainda sobrar algum”), e há também quem afirme que “compra” sim, mas a infelicidade. Certo é que sem algum poder económico a qualidade de vida de bem-estar e equilíbrio não está assegurada e indiscutivelmente todos (as) precisámos de honrar compromissos diários. Quer-se com isto dizer que, é fundamental, tal como a famosa expressão o diz “mente sã e corpo são” e o seu subsequente equilíbrio mental e físico que não só sejam asseguradas as necessidades emocionais e de estima (ex. boas relações interpessoais, afeto familiar - somos geneticamente seres relacionais), como também, as necessidades fisiológicas (ex. alimentação, sono, etc.) e de segurança (ex. habitação).
Os recursos económicos são relevantes até para alguns imprevistos da vida (ex. perda de saúde). Há quem diga que algumas pessoas são bafejadas pela sorte de ter muito dinheiro e que consequentemente são felizes. Será?! Não há certezas absolutas. Assim como há pessoas abastadas economicamente mais materialistas existem outras igualmente com muitos recursos e que são extremamente emocionais. É legítimo.
Todos somos diferentes e não existe um protótipo do ser ideal (“Cada qual é como é”). Por vezes, projetámos para outras pessoas os nossos desejos inconscientes, isto é, vê-mos nos (as) outros(as) aquilo que gostaríamos de ter e igualmente considerámos que por terem aquilo que desejámos, já são felizes. No entanto, tudo aquilo que pode ser importante para nós pode não ser para os outros. Quantas e quantas pessoas não nascem ricas, outras ao longo da sua vida acumulam bens por via muitos sacrifícios (“uma vida de trabalho”) ou por outro lado, “sai-lhes a sorte” no jogo e mesmo assim são profundamente infelizes como se ao mesmo tempo tivessem tudo e nada.
Sofrem emocionalmente (sobretudo, as pessoas mais emocionais) por inúmeras razões desde não terem a certeza se as pessoas que os(as) rodeiam são, por exemplo, amigos verdadeiros ou se o são por segundas intenções (ex. interesse). O trabalho é força matriz da sua vida (ininterruptamente tem de gerir bens) e mesmo no pouco tempo de lazer, as preocupações permanecem mentalmente. Há quem adie para mais tarde a felicidade, e pela falta de tempo, descuram os bens mais preciosos, o de viver verdadeiramente a vida, como apreciar o pôr-do-sol, um abraço sentido, um amor verdadeiro e genuíno, memórias que fazem o coração palpitar que não acontecem pelas situações não vividas. Nem sempre tem uma família a “tempo inteiro” quer para os bons quer para os maus momentos ou paz interior…
Posto isto, torna-se importante perceber que a vida é complicada por natureza não importa a riqueza ou falta dela, os problemas nunca vão deixar de existir. Devemos desejar não o que queremos mas sim o que é mais importante para nós, porque nem sempre o que desejamos será o melhor para nós ou constructo da felicidade. Desfrute da vida a riqueza maior é o ser rico interiormente. A felicidade não tem preço.
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