Chegou a 26.ª Conferência Mundial na área da sobredotação, em Braga!
Ideias Políticas
2025-06-25 às 06h00
Vivemos tempos estranhos, onde não sabemos o que nos espera o dia de amanhã. Em 2022, quando a Ucrânia foi invadida pela Rússia, esperávamos todos que a história não se repetisse e que o conflito terminasse de forma célere, atendendo à intervenção que vários países e organizações mundiais procuraram ter junto dos principais intervenientes. A discussão aumentou de tom a 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou várias áreas fronteiriças de Israel, com o desencadear de ataques mútuos, que se foram alargando aos países vizinhos. Reza a história que o médio oriente é terreno fértil para conflitos de grande escala. Sem descurar a tensão premente entre China e Taiwan.
Aquando das eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, vários eram os que receavam que a eleição de Donald Trump significasse a escalada dos conflitos, ao invés da contribuição para a sua extinção. Infelizmente, nos últimos dias, vimos os Estados Unidos da América intervir, de forma armada, no conflito que, entretanto, se gerou entre Israel e Irão.
Nada disto nos poderia passar ao lado, face às vidas que se perdem, mas atentemos às consequências que também representam para nós, portugueses. Sejam para os portugueses que se encontram nos vários países intervenientes na escalada de conflitos, seja pelas relações diplomáticas que Portugal vem mantendo ao longo de décadas com vários desses países – veja-se, a título de exemplo, as questões que já se suscitaram devido à Base das Lajes, nos Açores -, e, sobretudo, as consequências ao nível económico-financeiro para os portugueses e para grande parte dos cidadãos de todo o mundo.
Todas estas tensões têm impacto direto na nossa vida, principalmente porque a todas subjazem questões comerciais. Seja o petróleo – utilizado em muitos bens de consumo -, os microhips, o gás, o armamento, o controlo de áreas de relevante interesse e impacto comercial – como seja o famigerado Estreito de Ormuz. Ora, se todos sofríamos já com a inflação galopante que nos assolou nos últimos anos, a instabilidade geopolítica a que assistimos não traz novidades animadoras em matéria económica-financeira e eventual aumento do custo de vida, sem prejuízo da eventual instabilidade dos mercados, tão permeáveis aos conflitos mundiais.
É certo que podemos não ter um contributo decisivo para o findar destes conflitos armados. Mas podemos contribuir na nossa medida: exige-se do Governo estreita cooperação com a União Europeia na tomada de posição relativamente aos conflitos armados; exige-se que Portugal incremente os gastos com a defesa e despesa militar – o que, aliás, se coaduna com os objetivos da UE; exige-se que Portugal reforce os laços de cooperação com os países envolvidos, sem contribuir para a escalada dos conflitos bélicos; exige-se que Portugal aposte numa economia forte, com a valorização do mercado interno, menos permeável à instabilidade externa.
Mas mais do que isso, todos nós podemos, individualmente, fazer a nossa parte: podemos não contribuir para o crescimento de movimentos extremistas, sejam à direita ou à esquerda; podemos não incitar os discursos do ódio e do terror; podemos contribuir, pelo menos, para a estabilidade que podemos ter dentro de portas, seja ao nível da vida em sociedade propriamente dita, seja ao nível do sistema político que nos governa.
Para tudo isto, a educação e o ensino afiguram-se como essenciais: é que só podemos traçar comparações entre vários períodos da história se efetivamente os conhe- cermos. Veja-se que vários estudos têm demonstrado que o Holocausto é cada vez mais posto em dúvida ou desconhecido por grande parte da população.
Como diria o filósofo Edmund Burke, “um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”. Façamos, todos, por garantir que o passado do mundo e da humanidade não se esquece.
15 Julho 2025
15 Julho 2025
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