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A luta pela Liberdade na Geórgia

Uma ação deita por terra o trabalho de anos!...

A luta pela Liberdade na Geórgia

Ideias Políticas

2024-07-16 às 06h00

Clara Almeida Clara Almeida

A situação política e social na Geórgia tem vindo a agravar-se, e as suas aspirações euro-atlânticas estão cada vez mais ameaçadas. O partido no Governo, Sonho Georgiano, insiste em aprovar um projeto de lei controverso e amplamente contestado que visa rotular e reprimir organizações de sociedade civil (OSC) e meios de comunicação financiados pelo Ocidente. Esta legislação, que já provocou grandes protestos no passado, representa uma grave ameaça à liberdade de expressão, à transparência e ao Estado de Direito na Geórgia.
A insistência do partido Sonho Georgiano em aprovar a lei, que foi retirada anteriormente devido à oposição popular, evidencia um alinhamento com os interesses de Moscovo. A aprovação desta lei distanciaria a Geórgia do Ocidente, aproximando-se à Rússia, com graves consequências para a democracia e soberania do país. A lei, "inspirada pelo Kremlin", tem o potencial de transformar a Geórgia num estado autoritário, semelhante à Rússia pós-2012, onde as OSC e os orgãos de comunicação social independentes foram gradualmente silenciados.
É necessário que a comunidade internacional esteja atenta a esta ameaça e que sejam tomadas medidas para proteger a democracia na Geórgia. A recente concessão do estatuto de candidata à UE é um passo importante, mas é insuficiente se não for acompanhada de um compromisso firme com a democracia e os direitos humanos.
A Geórgia tem demonstrado repetidamente a sua preferência pelos valores e instituições ocidentais. A nova geração de georgianos, nascida num país livre, é um testemunho desta preferência. A maioria não fala russo, e opta por aprender línguas europeias, uma vez que se identificam mais com os valores democráticos do Ocidente do que com o autoritarismo russo. Milhares de cidadãos saem à rua para participar nas manifestações contra esta lei, salientando-se com a presença de bandeiras da União Europeia.
Portanto, a batalha atual é mais do que uma simples disputa política interna; é uma luta pela alma da Geórgia e pelo futuro da democracia na região. A comunidade internacional deve atuar de forma decisiva e rápida para apoiar os esforços do povo georgiano em manter o país no caminho da liberdade e da democracia. O destino da Geórgia, e talvez de toda a região, depende da nossa ação coletiva agora. Sem um apoio robusto e consistente, corremos o risco de ver uma regressão democrática que poderia impactar negativamente a estabilidade e o desenvolvimento de longo prazo, não só da Geórgia, mas de todo o entorno regional.

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