Num mundo cada vez mais acelerado, onde as palavras muitas vezes perdem-se no ruído do quotidiano, a poesia resiste. Ela é um refúgio, um suspiro, um instante de pausa que nos lembra da beleza da linguagem e da profundidade do sentir.
A poesia não se limita a rimas e métricas; ela é a voz do indizível, a expressão do que muitas vezes nos escapa no discurso comum. Pode estar na melancolia de um verso solitário ou na euforia de uma estrofe vibrante. É através dela que o amor ganha contornos imortais, que a dor encontra consolo e que a esperança se desenha em palavras.
Ler poesia é abrir-se ao espontâneo.
Cada poema é um convite ao olhar interior, uma viagem que nos transporta para dentro de nós mesmos e para além do que conhecemos. E escrevê-la? Ah, desafiar-se a escrever poesia é um ato de coragem. É expor a alma sem filtros, é moldar o caos em arte, é fazer do instante algo eterno.
Numa época em que a comunicação é rápida e efémera, a poesia continua a ser necessária. Ela ensina-nos que nem todas as mensagens precisam de ser diretas, que há beleza na metáfora , na ambiguidade e profundidade na simplicidade. Quando tudo parece passageiro, a poesia permanece. E enquanto houver poesia, haverá humanidade.
Em Braga, coloquemos a poesia ao centro das nossas atenções, não só no dia da poesia, 21 de março, mas durante os restantes dias do ano, ou anos da nossa existência. Observar, ler, escrever ou sentir a poesia é um dos possíveis remédios para a saúde. A poesia pode ser o melhor remédio.