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2016-04-06 às 06h00
Existem evidências fósseis indicando que as rosas existem na Terra há mais de 40 milhões de anos sendo provável que as rosas tenham sido cultivadas pela primeira vez na China entre 2737 e 2697 A.C. (Barash, 1991).
As rosas são talvez o mais importante produto da história da floricultura e embora existam flutuações no ranking mundial das flores de corte mais vendidas, a rosa posiciona-se sempre entre as três mais procuradas (DAUDT, 2002, citados por Barbiéri e Stumpf, 2005).
Sabemos que as rosas para além do seu papel ornamental são utilizadas na perfumaria e na cosmética. Mas é sempre da flor que se trata.
E quanto ao fruto do qual ninguém parece falar?
Sabe-se que os chineses há muito que utilizavam a polpa dos frutos de roseira (hipantos) para elaboração de um chá com propriedades diuréticas. Estes frutos ou hipantos das roseiras são o recetáculo da flor que fica nos caules após a queda das pétalas e apresentam cor laranja ou avermelhada. É tradição cortá-los nas roseiras dos jardins, após a queda das pétalas, para não enfraquecer a roseira.
Estes frutos, além dos taninos com propriedades adstringentes, são ricos em carotenos, pectina, D-sorbitol, ácido málico e cítrico. Mas o que é realmente interessante e tem suscitado recentemente muita atenção por parte dos cientistas deve-se ao seu teor elevado teor em vitamina C - cerca de vinte a trinta vezes mais do que os limões, laranjas, kiwis, mirtilos, groselhas preta ou os morangos. (300-4000 mg/100g de fruto no caso da espécie Rosa canina, de acordo com Chrubasik et al., 2006).
A variedade de roseira Rosa canina (roseira brava) é originária da Europa e pode ser vista por todo o país, no interior e na orla costeira, em bermas de estradas e zonas húmidas e arenosas. http://naturdata.com/Rosa-canina-3563.htm; http://jb.utad.pt/especie/rosa_canina
Eis assim aqui um recurso natural abundante e rico em antioxidantes com enorme potencial para ser aplicado na indústria cosmética, farmacêutica e alimentar.
Barash, C.W. (1991) Roses - An Illustrated Identifier and Guide to Cultivation. New Jersey: Chartwell Books, 1991. 128 p.
Barbiéri, R.L., Stumpf E.R.T (2005) Origem, Evolução e História das rosas cultivadas. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v.11, n. 3, p. 267-271.
Chrubasik C, Duke RK and Chrubasik S. (2006) The evidence for clinical efficacy of rose Hip and seed: a systematic review, Phytotherapy Research 20(1): 1-3.
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