Recuperando dinâmicas iniciadas no período de implementação do programa de autonomia e flexibilidade curricular, cá estamos com energia para dar continuidade a práticas que promovam o desenvolvimento do sentido crítico e a capacidade de intervenção, de iniciativa dos mais jovens. É urgente formar para a esperança, o sentido de missão, de solidariedade, de espírito de partilha e entreajuda, autonomia, resiliência. Se o Homem nasce para ser feliz, a escola tem cada vez mais novas missões dentro da sua missão essencial – preparar, formar, capacitar pessoas para defenderem a sua felicidade e a dos que as rodeiam.
Até há bem pouco tempo não teríamos motivos para sentir esta insegurança tão crescente. Hoje, preparar cidadãos ativos e interventivos, que denunciem justamente as injustiças e os atropelos sociais, é uma responsabilidade primordial dos atores educativos em geral, de todos os que são responsáveis pelo crescimento equilibrado das novas gerações.

Não será por acaso o crescente desinteresse na participação dos cidadãos nas solicitações para manifestações democráticas, nos atos de cidadania ativa, participativa, nomeadamente atos eleitorais. Não é na fase adulta que se promovem estas atitudes. É na escola que se traçam as primeiras linhas do percurso. É na escola que, em conjunto, em grupo, em parceria e partilha de ideias, se aprende que a voz de cada um é importante, que as ideias em debate se tornam mais ricas e enriquecem à volta. É na escola que se conquista autoestima, que se ultrapassam os medos e receios, que se ganha confiança e se aumentam as intervenções. E, na medida em que estas são motivo de transformação e mudança, mais se aumentam as iniciativas, mais se acredita.
No Agrupamento de escolas André Soares vamos dar Voz aos Alunos, a todos os alunos, dos 6 aos 15 anos.
No próximo dia 6 de abril, vamos criar um momento de reflexão partilhada sobre temas/assuntos que reflitam o presente e perspetivem o futuro.

Eu e os Outros | a Escola e o Futuro

Pretendemos desenvolver as Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento, nomeadamente… “contribuir para o incremento de atitudes e comportamentos, de diálogo e respeito pelos outros, alicerçados em modos de estar em sociedade que tenham como referência os direitos humanos, nomeadamente os valores da igualdade, da democracia e da justiça social.”
Na sequência da visão preconizada no PASEO (Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória), pretendemos contribuir para a formação do aluno “Capaz de pensar crítica e autonomamente, criativo, com competência de trabalho colaborativo e com capacidade de comunicação; “que valorize o respeito pela dignidade humana, pelo exercício da cidadania plena, pela solidariedade para com os outros, pela diversidade cultural e pelo debate democrático”.
Em suma, pretendemos dar oportunidade aos alunos de manifestarem a sua ideia/opinião e permitir a aceitação do ponto de vista do outro, ao mesmo tempo que participam na tomada de decisões relativamente à “construção” de uma escola melhor para eles, a escola que desejam.
E, consequentemente, para um futuro onde a Paz seja indiscutível, crucial, imprescindível.