O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2014-10-12 às 06h00
Já lhe aconteceu ter de ir trabalhar e simplesmente não querer ir?! Dores de barriga, ansiedade, diarreia, falta de apetite, vontade de chorar, palpitações e sensação de falta de ar, dores nas costas e musculares, fadiga, isto é, “acordar mais cansado do que o que se deita”, stress, problemas em dormir, dores de cabeça que surgem de ruminações (o cismar em determinado assunto) são sinais do seu organismo, em que lhe está a dizer que algo não está bem.
Assiste-se a um fenómeno, já existente em anos anteriores mas que agora tem vindo a ganhar destaque por parte dos meios de comunicação, da população e especialistas mundiais, o bullying no trabalho, sendo o termo correto para designar este fenómeno, o assédio moral. O assédio moral caracteriza-se pelos comportamentos abusivos (ações, comportamentos, atitudes e palavras) contínuos e repetidos que comprometem a dignidade física e psicológica de uma dada pessoa. Estes fatores contribuem para que a mesma se sinta mal e desconfortável e comprometem o seu emprego ou ambiente de trabalho.
Desengane-se quem afirme que o assédio moral parte sempre e exclusivamente de chefes autoritários e agressivos (por exemplo, que gritam sistematicamente). Pode partir dos próprios colegas de trabalho, onde o objetivo é denegrir, humilhar a vitima através de brincadeiras “inocentes” , comentários e piadas.
Outro aspeto a salientar é de que as vitimas tem particulares que “chamam à atenção” do/os agressor/es algumas por terem personalidades mais vulneráveis em que normalmente já sofreram de experiências parecidas antecedentes em que chegam a interroga-se se o problema não será delas próprias ou, por outro lado, pessoas que se demarcam pelo carisma, criatividade e desempenho profissional elevado, ter ideias diferentes.
“Dão nas vistas” e aos olhos do/os agressor/es “não cai bem” logo intentam através de comportamentos mal-intencionados afetar/lesar a vitima. O assédio moral manifesta-se em vários comportamentos dentro da empresa desde: tirar autonomia à vítima através por exemplo, da não transmissão de informações que vão influenciar a execução das tarefas; critica excessiva do trabalho realizado; limite dos instrumentos de trabalho como o computador, telefone entre outros; atribuição de forma intencional tarefas ora demasiado exigentes ou inferiores às competências da vítima; atribuição de tarefas incompatíveis com saúde da vítima.
Em outras situações o objetivo do agressor parte por isolar a vítima: privação do diálogo (colegas, superiores) e contacto (colocar a vitima separada numa sala com pouca iluminação longe de tudo). Na maioria das situações de assédio moral a violência verbal e psicológica evidencia-se numa comunicação agressiva desde gritos, insultos - “Você é um inútil, um anormal! Não sei o que ainda está cá a fazer” e palavrões. Com o desgaste psicológico e emocional a vitima tende a despedir-se do trabalho seja voluntariamente ou de forma forçada.
A vítima com o receio de perder o posto de trabalho (fundamental para ter uma vida digna e honrar as contas ao final do mês) opta pelo silêncio. Aconselhar “deixa andar que isso vai passar”, torna-se fácil por parte de quem não vive nem sente. Estas situações “não salvam” apenas perpetuam “os abusos” com repercussões na saúde que podem levar a danos irreparáveis (depressão crónica). Queira o melhor para si, sempre! Posto isto, pode sempre enfrentar e questionar o agressor interrogando sobretudo se o mesmo estivesse em igual situação ou então um familiar próximo e querido (como um filho) de como se iria sentir. Quando o diálogo não funciona então o melhor mesmo é reportar a situação sem medo a instâncias superiores da justiça.
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