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Aneurisma Cerebral – o “inimigo” silencioso

A responsabilidade de todos

Aneurisma Cerebral – o “inimigo” silencioso

Voz à Saúde

2021-06-01 às 06h00

Joana Afonso Joana Afonso

Um Aneurisma Cerebral corresponde a uma zona mais dilatada e enfraquecida da parede de um vaso sanguíneo no interior do crânio. A zona dilatada, frequentemente, apresenta uma parede mais fina o que condiciona um maior risco de se romper. É quando um Aneurisma Cerebral rompe que provoca um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico que poderá ser mais ou menos grave consoante o tamanho do sangramento.
Importa salientar que, quando os Aneurismas são de dimensões reduzidas raramente sangram ou causam outros problemas, pelo que, nem sempre ter o diagnóstico de um Aneurisma Cerebral é sinónimo de um prognóstico reservado. Cerca de 5 em cada 100 pessoas são portadoras de um Aneurisma Cerebral, com uma taxa anual de rotura de cerca de 2%. Estima-se que 2 em cada 3 dessas pessoas sobrevivam à rotura de um aneurisma, metade das quais sem qualquer sequela física permanente.
Trata-se de uma condição clínica que pode surgir em qualquer idade, no entanto, tem uma incidência aumentada depois dos 25 anos, sendo mais frequente entre os 50-60 anos e cerca de 3 vezes mais comum em mulheres.
Embora não se identifique uma causa específica há fatores que aumentam o risco de aparecimento de um Aneurisma Cerebral como a Hipertensão Arterial, Diabetes, consumo de tabaco, consumo excessivo de álcool, consumo de cocaína, ou mesmo, a existência de uma predisposição genética.
A maioria dos Aneurismas Cerebrais surge sem dar qualquer sinal, o que torna o seu diagnóstico um desafio. A sua deteção é, frequentemente, um achado aquando da realização de um exame cerebral requisitado num outro qualquer contexto clínico.
Os sintomas surgem da compressão causada pela dilatação do vaso sanguíneo ou do próprio sangue que extravasou na hemorragia. Podem passar por dor em cima ou à volta dos olhos, sensação de formigueiros, fraqueza ou paralisia de um dos lados da cara, pupilas dilatadas, alterações da visão e aumento da sensibilidade à luz. Nos casos de hemorragia o principal sinal de alerta é o de uma dor de cabeça súbita, muito intensa, descrita como “a pior dor de cabeça da vida”, que pode estar associada a alterações visuais em um ou ambos os olhos, enjoos, vómitos, rigidez da nuca, convulsões ou mesmo desmaio com perda de consciência.
O tratamento dependerá sempre do tipo de Aneurisma e será variável de pessoa para pessoa. Se de pequenas dimensões, poderá passar por uma vigilância regular, noutros casos poderá estar indicada uma abordagem cirúrgica mais complexa. Será sempre importante o controlo dos fatores de risco já descritos, como a necessidade de controlar a tensão arterial, doenças como diabetes e evitar consumos nocivos.
Dada a inespecifidade da doença não está indicado um rastreio a toda a população, no entanto, quem tiver familiares em primeiro grau com a doença ou apresente condições genéticas mais raras como a Síndrome de Marfan, a Síndrome de Ehlers- Danlos ou a Doença Poliquística Renal poderá ter benefício em ser rastreado.
Lembre-se, Cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!

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