O primeiro Homem era português
Ideias
2020-06-14 às 06h00
Por mais que não o admitamos, as pessoas no geral tem dificuldades em “dizer não”. Se pertence ao grupo dos que está cheio de trabalho e já está atrasado para a entrega do mesmo e estão sempre a solicitar a sua ajuda em que tem de interromper o seu trabalho, e faz-lo no imediato...tem a resposta.
O mais natural seria dizer, “não posso no momento”. Mas... “dizer não”, a algo pedido ou solicitação, é sentir ou correr o risco de ficar “mal visto/a”, perante amigos, colegas de trabalho ou familiares.
Crescemos a escutar, “tens de ajudar”, “deves ajudar” , “tens de o fazer, porque parece mal”. E muitas vezes, com base nestes “argumentos” que acabam de certa forma por influenciar a nossa conduta e comportamento, anula-se as próprias necessidades. Necessidades que se fundem nos desejos e vontades para com os outros e de outros.
Ser solidário/a ou propriamente o ato de ajudar não implica que terceiras pessoas possam tomar decisões por nós. Na verdade, o não dizer “não”, é faltar ao respeito a nós próprios. Submeter o que desejamos á vontade de outras pessoas.
Em muito fruto do medo que os outros possam dizer e pensar e também das relações interpessoais que podem terminar. Vive-se por validações emocionais ( ex. de ser aceite em determinado local) e medos que resultam numa permissividade e não no que seria justo pela assertividade e na transparência de afirmar, “não posso” ou “consigo".
Há quem crie uma imagem nos outros/as que está sempre disponível para os seus problemas. E certamente que essa mesma pessoa já sentiu que não tiveram a mesma “dedicação” .
Como se as suas preocupações fossem “dramas” ou “indisposições sociais” passageiras em que o melhor que conseguem dizer é : “Deixa lá isso”. Neste sentido, questione-se quantas vezes, não se priorizou? Quantas vezes já se dispôs a situações que não desejou? Quantas vezes, precisou igualmente de ajuda de quem outrora você “esteve na linha da frente” e foi acometido com uma resposta, direta , fria e inexpressiva, “Não quero.” ou “Não me apetece”.
Certo, certo é que nunca vai agradar a toda a gente. Mesmo aquele/a que é cem por cento disponível, enfrenta problemas mais cedo ou mais tarde. Não será de todo incomum escutar por parte de alguém, “Como podes dizer-me que não, se sempre fui teu amigo/a” (vertente manipuladora). Será mesmo que foi? Ou infelizmente, foi utilizado/a por parte dessa pessoa? A resposta tem na consigo com certeza. Mas “dizer não” é tão difícil porquê?
A primeira resposta, vem da autoestima. É o sentimento de não ser especial para ninguém e que todos/as os/as outros/as são melhores , fruto em muito do abusos emocionais no período da infância (ambiente familiar rígido) que na vida adulta é projetado para a esfera social em que a pessoa se sente insegura. Importa ser assertivo e ajudar quando considera necessário e “dizer não”, quando não o puder fazer. Há formas de dizer "não" de uma forma diplomática e sem ferir susceptibilidades. A evitar , “não quero.” ou “não me apetece” por, “lamento, neste momento não consigo”. ou “talvez de uma próxima vez” .
Não se prenda a grandes explicações, porque quem se explica demasiado é permitir que outra pessoa envolvida tenha o direito de exigir algo de si. O não é igualmente resposta como o sim.
Você tem de ser o seu super-herói da sua vida.
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