O impacto da COVID-19 nos fatores de risco cardiovasculares
Escreve quem sabe
2020-03-22 às 06h00
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são um precioso recurso no mundo de hoje, razão pela qual desempenham um papel cada vez mais importante na educação.
A insegurança motivada pelas TIC é perfeitamente compreensível, mas é inútil ignorar que existem, que são sedutoras e que conquistam, cada vez mais, simpatias. Ao contrário do que temia Sócrates, a escrita não dispensou o homem de exercitar a sua memória, a imprensa tão-pouco e o mesmo se verificará com as TIC.
Por esta altura, numa situação inesperada e imprevisível, a tecnologia está na ordem do dia. Verifica-se a rejeição total e absoluta por parte daqueles que a temem ou que puramente a desconhecem. Por outro, há quem a encare como um “pequeno milagre” pedagógico capaz de per si revolucionar o processo de ensino-aprendizagem. Usemo-la com parcimónia e bom senso. Há famílias a serem inundadas com trabalhos para os filhos, com prazos impraticáveis. A toda a hora, surgem aplicações e plataformas eletrónicas para serem instaladas ou subscritas. Muitos pais estão em teletrabalho, em muitas casas só existe um computador (ou nenhum). Várias famílias estão privadas de bens essenciais, e estão longe de possuir computador ou acesso à Internet. Vão começar a existir casos de Covid-19 nas famílias dos nossos alunos. Aos meus colegas, peço calma, pragmatismo e solidariedade.
Apesar de ser uma acérrima defensora das plataformas e redes sociais, e de as usar no meu quotidiano profissional há muito tempo, deixo aqui algumas sugestões mais “tradicionais” para aprender e ensinar Português (escrita, leitura, oralidade) em casa.
Para os mais novos: joguem mikado, se o tiver arrumado numa prateleira. Desenvolve a motricidade fina, o que vai contribuir para segurar melhor no lápis e na esferográfica no processo de escrita. Ao jantar (ou noutra altura conveniente) peça que os pequenos contem o seu dia. Ensine-os a consultar o dicionário em papel. Dê-lhes uma lista de palavras para procurarem, em dias alternados. Peça-lhes que organizem um caderninho de significados. Sugira a escrita de um diário, com as seguintes orientações: dividir em manhã, tarde e noite; escrever sobre algo divertido que fizeram e sobre alguma coisa de que não gostaram nesse dia. Quinze minutos, pela manhã, deverão ser suficientes para escrever sobre o dia anterior. Negoceie com eles se querem manter o diário secreto ou partilhá-lo com a família. Leve-os para a cozinha. Peça-lhes que leiam os rótulos. Experimentem receitas que os miúdos leem para os pais. É altura ideal para ler histórias ao deitar. O tempo que poupamos no trânsito do final do dia pode ser direcionado para a leitura (feita pelos pais, pelos filhos ou partilhada).
Os mais velhinhos devem, agora, dedicar mais tempo à leitura. Deixe-os escolher um dos livros lá de casa, depois sugira outro e, mais tarde, encaminhe-os para as obras do currículo do seu ano de escolaridade. Se não tiver livros, procurem textos nos manuais. Os de Português têm vários contos e pequenos textos. Os das restantes disciplinas podem servir de base para fazer resumos e sínteses (manuscritos). É altura para organi- zarem os cadernos. Reverem as matérias e repetir os testes e fichas que os professores deram (depois confirmam as respostas com as da correção).
Os adolescentes são, por norma, pouco comunicativos com os pais. Conversem. Discutam um tema interessante. Peçam-lhes argumentos e exemplos para justificarem o seu ponto de vista. Por último e, não menos importante, deem-lhes tempo para eles. Não os afoguem em atividades e tarefas. Acalmem-nos.
Fiquem bem. Fiquem em casa.
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