A Visão de Ursula von der Leyen em Davos
Voz às Escolas
2024-02-08 às 06h00
Muitas das Bibliotecas Públicas desenvolvem um papel relevante na promoção da cultura local através da divulgação da história, dos costumes, da etnografia e de muitos outros aspetos de importância assinalável para a comunidade. Em muitos casos, o serviço de edições das autarquias é uma das valências cuja responsabilidade cabe às bibliotecas. Também, não raras vezes, estão associadas a estes serviços, a coordenação e a edição de algumas publicações muito características, responsáveis por incentivar, promover e divulgar os estudos locais.
Exemplo disso, são os Cadernos Vianenses editados sob a responsabilidade da Biblioteca Pública Municipal de Viana do Castelo e que no passado mês de janeiro acrescentou mais um número à já longa coleção existente.
Com o subtítulo de Notícia do passado e do presente da região de Viana do Castelo, surgia no final do ano de 1978 o primeiro tomo ou número dos Cadernos Vianenses editado pela Câmara Municipal sob orientação de uma comissão presidida pelo então vereador do pelouro da cultura. Segundo se pode ler nessa edição, o objetivo do seu surgimento, residia na vontade de abordar assuntos relacionados com as gentes de Viana do Castelo, analisando-as sob o ponto de vista etnográfico e etnológico, somática e culturalmente, tratando de desvendar as suas possíveis etnias, entendidas estas como seus caracteres noológicos; relembrando e evocando o seu passado e, assim, estudando a sua história, quer no aspecto puramente antropológico, quer nas suas manifestações culturais, as mais diversas, desde a arqueologia, a passar pelo folclore, cerâmica, trajos típicos e artesanato e a terminar na pintura, poesia e, até, actividades desportivas. / Desenterrar a cultura (no seu sentido mais amplo) das nossas gentes e da nossa terra nos seus mais variados aspectos, e dá-la a conhecer a todos, eis o objectivo dos Cadernos Vianenses (Tomo I, 1978). Genericamente, a promoção da cultura vianense assumia-se como objetivo primordial desta publicação mu- nicipal, cuja vida se desejava ver projetada no futuro, como veio a acontecer.
Os tomos até agora publicados, com uma periodicidade irregular, variando entre semestral e anual, abarcam uma temática diversa, na sua grande maioria relacionada com a cidade e o concelho de Viana do Castelo, onde ressalta também a edição de alguns tomos com trabalhos sob um tema central e específico que, no seu conjunto, constituem, um valioso repositório de estudos sobre a região.
Entre 1978 e 2023 são cinquenta e sete os volumes publicados constituindo, hoje em dia, um dos projetos mais bem sucedidos no plano editorial. A raridade de alguns dos números já publicados faz com que hoje seja muito difícil reunir uma coleção completa, o que tem aguçado o interesse de alfarrabistas e colecionadores, fazendo desta publicação um título merecedor de alguma atenção nos meios bibliófilos.
Com 391 páginas e mantendo o aparato físico de sempre, o tomo 57, agora apresentado, divide-se em secções ou capítulos de acordo com a temática principal abordada. Mas, o que o caracteriza é a homenagem ao poeta e escritor vianense António Manuel Couto Viana que ao longo de 2023 foi recordado por ocasião do centenário do nascimento. Ocupando praticamente quase metade das páginas deste número, surgem com destaque textos evocativos da vida e da obra deste ilustre vianense e homem de cultura, que conquistou projeção nacional e internacional de reconhecido mérito. Sábios depoimentos e importante colaboração de José Carlos Seabra Pereira, José Pereira Fernandes, António Matos Reis, José Veiga Torres, Artur Anselmo, António Aresta, Isabel Ponce de Leão, Manuel Sobral Torres, Manuel de Freitas, António José Barroso, Inês Dias, Luis Manuel Gaspar, José Valle de Figueiredo e António Cândido Franco dão corpo a esta evocação e deixam o seu testemunho para memória futura.
Nas restantes secções em que se dividem estes Cadernos, encontramos outros estudos muito interessantes sobre temas locais da autoria de Regina Pereira, Ricardo Rodrigues, Henrique Costa, Francisco José Carneiro Fernandes, Marisa Magalhães, Manuel Brázio, Gonçalo Fagundes Meira e António Maranhão Peixoto.
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