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As escolas fizeram e continuarão a fazer a sua parte

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As escolas fizeram e continuarão a fazer a sua parte

Voz às Escolas

2020-09-28 às 06h00

Jorge Saleiro Jorge Saleiro

De regresso a estas páginas num contexto tão particular, fui rever os textos relativos aos arranques de ano letivo de anos anteriores. Eram tempos de preparar as escolas para cumprir projetos, executar planos de atividades ambiciosos e diversificados, abrir a escola ao mundo.
Neste ano letivo, a realidade é bem diferente, mais condicionada, espartilhada pela necessidade de conformar a vida escolar ao combate à pandemia. Os projetos, os planos de atividades terão, necessariamente, de ser adaptados à nova realidade e, em muitos casos, terão de ser adiados para quando haja um novo “novo normal”. O mundo terá de esperar.

Relembre-se o que tem sido a vida das escolas desde março. De um momento para o outro, as escolas reorganizaram-se para dar resposta ao imperativo de implementar o ensino a distância. Assim o fizeram, com uma reação profissional e cívica notável, colocando para trás das costas os obstáculos, as dificuldades, a escassez de recursos e enfrentando, generosamente, os problemas, concentrando-se apenas nas soluções.
Foi o tempo da (auto)formação docente relâmpago em novas tecnologias, da adaptação a meios utilizados com pouca frequência até então, de lidar com o “desaparecimento” da sala de aula, com a “invasão” do espaço privado e com o delicado equilíbrio da missão profissional com a vida pessoal.

Nestas circunstâncias tão difíceis, a escola sobreviveu e, num efeito colateral inesperado, saiu valorizada socialmente pelo reconhecimento da sua importância para o crescimento e formação integral dos alunos, do seu papel fundamental no desenvolvimento do país e da qualidade e dedicação dos seus profissionais.
Mais tarde, em maio, com a pressão das avaliações externas e do acesso ao ensino superior, as escolas voltaram a organizar-se para acolher uma parte dos seus alunos, para frequentarem uma parte do seu currículo, preparando os exames sob apertadas medidas de combate à pandemia e prevenção de contágios. Novamente, as escolas deram resposta à altura, assegurando os dois objetivos.

De imediato se tornou claro o que vinha a seguir: retoma, em pleno, das aulas presenciais no novo ano letivo. Já não se tratava de acolher apenas os alunos de dois anos de escolaridade em algumas disciplinas, mas sim preparar todo um ano letivo e fazê-lo com preocupações acrescidas de segurança, nunca antes implementadas em escolas, numa conjuntura particularmente difícil.
As férias escolares foram vividas nas escolas sob uma pressão adicional: organizar o ano letivo, como o fazem todos os anos, e enquadrá-lo com medidas que assegurassem a segurança, a saúde e a vida dos alunos e famílias, dos docentes e não docentes e respetivas famílias.

Dentro da sua limitada autonomia e levando em conta as realidades específicas de cada escola, estas ergueram uma organização do ano letivo para dar resposta aos desafios colocados pela pandemia. Para tal foram tomadas muitas decisões difíceis, custosas, trabalhosas, foram criadas soluções bem diversas das práticas comuns. Tudo em nome da necessária e indispensável resposta à situação de pandemia vivida.
De novo, as escolas deram a devida resposta ao desafio que o país lhes colocou.

Não vivemos tempos que validem negacionismos relativamente ao período de crise pandémica que todo o mundo atravessa e os efeitos devastadores que está a ter. Não é este o tempo para justificar egoísmos nas atitudes e comportamentos. Este combate, como nenhum outro que enfrentamos antes, só será vencido se todos formos solidários e responsáveis, só terá um impacto minimizado, se todos tivermos os procedimentos corretos a todo o tempo, não apenas dentro da sala de aula, não apenas dentro da escola.
As escolas fizeram e continuarão a fazer a sua parte.

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