Maravilhas Humanas
Voz à Saúde
2023-01-31 às 06h00
A auto-sabotagem pode ser definida como qualquer comportamento que vá contra o nosso eu - os nossos objetivos e valorização pessoal. Por vezes, auto-sabotamos para escapar a sentimentos desconfortáveis, talvez porque não nos tenha sido ensinado como gerir (e processar) pensamentos e sentimentos difíceis e como tal fazemos o que podemos para os abafar no momento.
O cérebro gosta do familiar, o que significa que quanto mais ativamos um circuito neuronal na nossa mente, mais forte e automatizado se torna esse circuito e é por isso que pode ser tão difícil sair de um comportamento de auto-sabotagem. Nestes casos, é necessário adotar medidas ativas para trabalhar contra os nossos comportamentos de auto-sabotagem, identificando, primeiramente, quais são e depois trabalhar para os substituir por formas mais saudáveis de relacionamento e comportamento.
Existem alguns sinais a ter atenção para identificar a auto-sabotagem:
Ouvir muitas vezes o nosso crítico interior: "não sou suficientemente bom", "todos pensam que sou fraco", "nada vai funcionar", "vou voltar a estragar tudo", etc. Todos temos um crítico interior, mas também temos a escolha de o ouvir ou não. Há todo o tipo de técnicas que podemos utilizar para silenciar esta voz interior, mas o primeiro passo é identificá-la.
Procrastinar: a procrastinação deriva, maioritariamente, do medo do fracasso. A ironia é que quando procrastinamos, acabamos por cumprir esse propósito.
Evitar o que pode causar dor emocional: quando sentimos que fomos magoados na vida, podemo-nos encontrar a evitar situações que nos deixam abertos a experimentar novamente a mesma dor. Mas a verdade é que tudo o que vale a pena ter na vida envolve sair da zona de conforto - incluindo o amor.
O uso de substâncias: álcool e drogas podem fornecer a ilusão de anestesiar a dor a curto prazo, mas tendem a causar-nos danos a longo prazo. Se se virar para a garrafa para abafar emoções difíceis ou para "ultrapassar" situações sociais, este é um sinal de que pode estar a auto-sabotar.
Não saber dizer não: agradar aos outros é uma das formas de auto-sabotagem, quando aceitamos e anuímos a tudo o que nos é feito, dito ou solicitado. Os limites existem para nos protegermos, para exercermos assertividade e, acima de tudo, para nos valorizarmos. Aprender e saber (quando) dizer não é essencial na nossa vida.
Ser um zelador ou "reparador": cuidar constantemente de outras pessoas pode servir de distração para não enfrentarmos os nossos próprios problemas. Pode também ser um sinal de codependência.
Baixa auto-estima: quando não acreditamos que somos dignos de coisas boas ou não capazes, podemos subconscientemente configurar-nos para o fracasso. Neste sentido, ficamos "seguros", provando a nós próprios que tínhamos sempre razão.
Libertar-se da auto-sabotagem implica geralmente mergulhar no passado para descobrir de onde provém. Uma vez identificado onde o comportamento começou (e que papel teve), podemos aceitar através da auto-compaixão o que fizemos quando estávamos em modo de sobrevivência, quando simplesmente não tínhamos mais ferramentas e, a partir daí, podemos começar a aprender novas formas de comportamento mais saudáveis e eficazes, repetindo-as para se tornarem automatizadas e seguindo o nosso rumo.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!
15 Abril 2025
01 Abril 2025
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