A Visão de Ursula von der Leyen em Davos
Voz às Escolas
2021-02-17 às 06h00
Avaliar assume-se um desafio, desde sempre, e também dos mais determinantes, face às diversas variáveis que podem estar associadas ao indivíduo que se tem de submeter ao “juízo pedagógico”.
A ideia de que todos aprendem da mesma forma e, como tal, devem ser avaliados da mesma forma trata-se de um pressuposto errado que configura uma eventual perversão da avaliação das aprendizagens.
Tal como decorre do Decreto-Lei n.º55/2018, a avaliação deve assumir-se, predominantemente, com o objetivo de melhoria das aprendizagens dos alunos e de “sustentar intervenções pedagógicas, reajustando estratégias”, bem como ser um processo (mecanismo) regulador para o professor e para o aluno.
Avaliar é exigente, trabalhoso e assume-se como um processo multidireccional, com permanente feedback quanto ao que já foi aprendido, garantindo que o aluno toma consciência do que deve aprender do seu progresso.
Mas num cenário pandémico, em que a escola se desloca para o interior das casas dos docentes e dos discentes, assente em plataformas de ensino e aprendizagem a distância, será sensato e exequível avaliar-se os alunos?
Sim!
É evidente que não podemos estar agarrados aos velhos cânones da avaliação classificatória, em que tudo e todos são números.
Para esta Geração Z, que nasceu digital, ubíqua, conectada, em que a portabilidade é quase intrínseca ao individuo, os ambientes digitais assumem-se como espaços prediletos de interação. Esta nova escola digital deve assumir-se como um espaço interativo, bidirecional, não replicando o espaço físico de aula, e potenciando o uso de técnicas e instrumentos de avaliação que garantam uma verdadeira avaliação pedagógica, assente no referido feedback e garantindo uma verdadeira avaliação formativa das aprendizagens dos alunos.
Tal como referem Hélder Pais e Fernanda Candeias, a avaliação formativa é um processo dinâmico que visa a recolha “de informação sistemática que suporta a formulação de um juízo crítico sobre o que foram, ou podem ser, os resultados de uma determinada tarefa, na perspetiva de melhorar as práticas de ensino. Neste âmbito, a avaliação formativa é tendencialmente contínua e, por isso, pode facilitar a aprendizagem e os necessários ajustamentos ou reorientação dos objetivos pedagógicos”.
No entendimento de Domingos Fernandes, “o facto de um aluno não saber algo no decorrer de uma aula não deve ser utilizado como uma informação negativa para o balanço que se faz em termos de uma avaliação sumativa”.
É de referir que possíveis informações que decorrem da avaliação formativa possam ser usadas noutros processos da avaliação sumativa. O contrário pode, também, ser uma realidade. Importa, também, ter consciência de que os momentos sumativos poderão servir o objetivo formativo.
É evidente que, no final do período, quer num cenário presencial ou a distância, importa garantir as condições para classificar os alunos, numa efetiva avaliação sumativa, assente numa dinâmica de permanente retorno, para a concretização de aprendizagens significativas, assumindo-se, ambas, formativa e sumativa, como “processos complementares que podem e devem contribuir para apoiar o desenvolvimento das aprendizagens dos alunos”.
Num artigo anterior referi que o projeto MAIA assumiu um papel catalisador na concretização de uma verdadeira avaliação nas escolas, estando a contribuir para uma mudança de paradigma que se impunha, quer por necessidade de aplicar os normativos legais que foram publicados, quer por uma necessidade de mudança de uma escola que pretendia responder às necessidades deste aluno da Geração Z que deve estar pronto para os desafios de um Mundo efémero, em constante mudança.
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