Fala-me de Amor
Ideias
2019-09-06 às 06h00
Opovo português, que continua à espera, nos últimos tempos vem sofrendo e suportando na pele os reais colapsos dos serviços públicos, apesar dos sorrisos enrolados, untuosos e gordos dos governantes e políticos no poder, que, mentindo e blasonando, aqui se entregam a inaugurações de pequenas coisas ou obras feitas à pressa e em vias de acabamento, ali dão-se a «produzir» festivais de promessas a acontecer lá para as «kalendas» dos anos vinte e trinta, acolá a participar em escolhidas e recomendadas «romarias» da cor, mais além a anunciar a compra de aviões que hão-de sobrevoar as asas de um longínquo Amanhã ou a vinda de material ferroviário, de mais pessoal e de melhorias na rede eléctrica, e nos transportes, etc., etc.. Entretanto, os media trazem-nos realidades diárias, imagens, fotografias, lamentos e queixas de gente aos montes, encostada às paredes, sentada no chão e olhares de desespero nas urgências, hospitais, centros de saúde, conservatórias, lojas do cidadão, gares, estações do metro, etc., sempre com um ar de espera e a angústia estampada no rosto, na esperança vã de verem resolvidos os seus problemas. Confrontadas com o descalabro e a rotura dos serviços públicos, vivem a esperança de resolverem os seus problemas, uma renovação de carta, do cartão de cidadão, a obtenção do passaporte, o atendimento numa consulta, a chamada para uma operação, um lugar no combóio ou metro, uma entrada no barco para atravessar o Tejo, enfrentando greves, disputas na Soflusa, falta de enfermeiros, ortopedistas, anestesistas, operadores, etc., ou tão só um olhar para a pulseira, um atendimento que tarda ou o cair do número de uma senha.
De uma senha, aliás limitada pela falta de resposta dos serviços, que se tentou conseguir ainda de madrugada, sendo que os governantes continuam a apontar as causas de tal colapso ao governo anterior, à tróica, esquecendo ou minimizando os apertos e as cativações do Centeno, o político do sorriso esquisito e ar mais ou menos aparvalhado que é tido como o Ronaldo em jogos de finanças e no «relvado» da CEE, onde, embrulhado nos défices, contas certas, palavreado e propaganda política até atingiu lugar de destaque, que no entanto, como ministro no seu país, tem deixado a descoberto, sem resposta, em apertos de contas, em aflição, algum descalabro e incumprimento muitos serviços públicos, como vem sendo palpável na Saúde, Educação, Transportes, Justiça e outras áreas da Administração Pública. Com cativações e «travagens» que, afectando valores, direitos, sentimentos e até a segurança do povo, alimentam justificadas dúvidas e criam fundadas reservas sobre as mais valias de um qualquer equilíbrio ético, mental e social que se preocupe e assente tão só em números e no déficit, e ultrapasse todos os limites de uma qualquer normal e humana inteligência, e o natural «fieri» e «devir» das figuras e personalidades comuns e normais. Que de modo nenhum nos fazem esquecer os sorrisos untuosos e parvos com que temos vindo a ser brindados por outros comensais do poder como os M. Fernandes, Costas, S. Silvas, Mourinhos, P. Nunos, Césares e outros, e não atender às “serigaitadas” dos Tiagos e Temidos, sempre palavrosas e grotescamente ridículas porque «embrulhadas» em irrealidades, mentiras e bajulações.
No entanto, e como facto novo, vamos agora enfrentar as facécias das eleições, tendo-se de aturar o Marcelo nas suas usuais palhaçadas e ouvir e enfrentar as baboseiras e as mentiras do costume e pelos mentirosos habituais, sendo muito provável uma grande abstenção. Os portugueses, cansados, já terão concluído que será mais um acto inútil, com o Costa impante a desfazer-se num sorriso gordo e untuoso, e com o governo ou uma «geringonça» refinada a seguir dentro de momentos, até para o PS terminar e resolver assuntos e esquemas ainda em aberto, que originaram medidas feitas à pressa (como o despacho de outro Costa, o da Educação, quanto ao uso de balneários e quartos de banho nas escolas). Uma «geringonça» com mais ou menos molho e mais ou menos cor ao gosto e de acordo com a «esperteza» do Costa e a «abertura» do ministro «sócio-bloquista», sendo que Costa, e seus muchachos, pelo sim e pelo não, e à cautela, já se têm vindo a «desparasitar» e a «libertar» . Simplesmente há ainda muita coisa a «mexer», leis a complementar, vícios a ultrapassar e todo o usual compadrio partidário e familiar a vencer, sendo certo que há pro- blemas que se irão arrastar no tempo, e na Justiça, como o caso Tancos, “A Teia”, “A Rota Final”, “O Bes”, “O Marquês”e muitos outros. Todos com os seus quês e sequelas, ainda que não deva haver motivo para grandes preocupações para os «senhores do poder». É que para isso lá estarão e não devem falhar «lacõeszinhos», «caramelos», «rangeis», «galantes», «ivos rosas”, «pintos monteiros», «proenças», «nascimentos», outros «experientes» e «inteligentes» juristas e hábeis «saragoças» com pretensões, ideias e «geniais» interpretações para saber «ler» e «acompanhar» os factos, seguindo os «trilhos» das presunções, as «folgas» nos carris das leis, os «solavancos» na Justiça, os «apeadeiros» e «estações» no trajecto e as naturais «miopias» dos maquinistas, agulheiros e revisores na sua ânsia de surgir nos media e agradar.
Sendo normais as sondagens, a oposição mantém-se no «casulo» de sua autoflagelação e avoluma-se o descrédito da política, com a democracia a «definhar» e o povo a adivinhar o que o espera. As listas e os nomes nada dizem, sendo por regra pessoas «desconhecidas» para o comum dos portugueses, suscitando reservas e dúvidas em termos de qualidade e valência, embora algumas caras já tenham surgido nas TVs e outras... estejam «marcadas» pelos zeros dos seus muitos anos no poder e na política. Com as eleições, diga-se, é possível que se venha a ter um SNS para «animais», como quer o André Silva, o que se deve festejar com um banquete oficial para toda a «bicharada», vestida a preceito, com passadeira vermelha, espumante e tudo, e Marcelo a dar uma comenda ao André. E César, o presidente do PS, tem de ser expressamente convidado para a festa, já que que desde há anos, por si ou familiares seus, tem estado presente em tudo quanto é poder. Aliás é com estranha angústia, dor e extrema dificuldade que não o vemos hoje como candidato a deputado e beneficiário das alcavalas, subsídis e benesses de ser um ilhéu e político em acção.?
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