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Os perigos do consumo impulsivo na compra de um automóvel

Ideias

2015-03-10 às 06h00

Analisa Candeias Analisa Candeias

A combinação de palavras é essencial para criar, manter e nutrir laços. A combinação de palavras pode levar-nos à identificação das nossas necessidades e objetivos, à autenticação de comportamentos, à validação de resultados.
A combinação de palavras é algo que carece da nossa atenção, porque revela privações ou excessos, carências ou domínios, a inexistência ou a presença.

De qualquer das formas, uma combinação de palavras pode conduzir a volições e intenções, alterações com melhoria do que neste momento é real e atingível.
Para realçar esta troca de termos com um exemplo, se combinarmos as palavras “Enfermagem” e “Portugal”, além desta união indicar já alguns anos de história e desenvolvimento, indica igualmente um período atual de privação e necessidade. Mais, se colocarmos ambas as palavras num mundo virtual de pesquisa, conseguimos percecionar que existe uma outra palavra associada: o desemprego.

Esta tríade de palavras leva-nos a formular questões que se relacionam com o bem-estar da população, com a manutenção e qualidade da saúde de (e para) todos. Neste momento não existem dúvidas acerca da escassez de recursos humanos nas organizações que providenciam cuidados de saúde. De forma semelhante, não existem igualmente dúvidas no que diz respeito à acumulação de funções, sobrecarga e excesso de trabalho que os diversos profissionais nesta área apresentam.

É necessário poupar neste domínio da sociedade?
Concordo.
São necessárias a criatividade e a inovação para sabermos otimizar os recursos?
Encontro-me igualmente de acordo. Porém, é urgente identificar e reconhecer a irresponsabilidade de não apostar em recursos (humanos) que são de extrema importância para a promoção da saúde das diferentes comunidades e populações.

Neste momento, em Portugal, possuímos esses recursos humanos tão essenciais à humanidade dos cuidados em saúde? Sim, possuímos. São aproveitados e direcionados para os serviços necessários? Não, não são. Surgem os rumores de que não existe maneira, forma, de os aproveitar, de os conduzir para a prestação de cuidados de qualidade - e de direito das pessoas. A violência com que estes recursos são descartados para o exterior, e a forma como este processo é realizado, deveria encaminhar quem nos guia, orienta e regula para a reunião de forças contra estas ações.

O que tem sido praticado até ao momento? Quais têm sido as posições vinculativas à transformação?
As combinações de palavras podem revelar questões. Probabilidades que, bem visualizadas e analisadas poderão ser o início da mudança essencial aos cuidados de saúde. Continuo a afirmar que a maior defesa da saúde são as pessoas que fazem parte da sociedade. Os indivíduos, grupos e comunidades que a constituem e que devem exigir (novamente, e outra vez, mais uma vez) o cumprimento dos seus direitos, zelando pelos deveres para com a responsabilidade do seu bem-estar.

São temas repetidos, estes. São temas que nos devem preocupar, como pessoas integrantes do meio social e como, no meu caso, profissional na área da saúde.
Os contextos que vou conhecendo, em que vou vivendo e realizando a minha profissão remetem-me para abordar novamente estes temas, que se vão repetindo sem as alterações e transformações tão necessárias.

A Enfermagem em Portugal carece de combinações novas, frescas, de visão no e para o futuro. Como Enfermagem, temos de ser capazes de ultrapassar as marés menos boas de quem nos guia e orienta neste momento.
Realizar combinações igualmente novas no âmbito da regulação, trazer, quiçá, a forma antiga de dignidade da profissão, atingindo a inovação e a (re) criação no ser enfermeiro. E no ser Enfermagem.

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