O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2019-06-02 às 06h00
Confiar é partilhar a nossa intimidade. É abrir o coração a alguém e contar os segredos mais íntimos. Há pessoas que confiam “cegamente” e que fazem da sua vida um “livro aberto”. Há por outro lado, aquelas que duvidam de “tudo e de todos” ao ponto de não confiarem em ninguém. Deriva do facto, de outrora terem confiado incondicionalmente nas pessoas erradas. Não confiar em ninguém, causa desgaste mental, porque ao não sentir que não se pode confiar em ninguém, a pessoa sente-se sozinha e desamparada e em muitas situações em que precisa de apoio, sofre em silêncio e está só. Há por outro lado, quem confie plenamente e em qualquer pessoa. Tratam-se de pessoas que tem uma grande carência emocional.
São pessoas que forma negligenciadas afetivamente e emocionalmente durante a infância, o que faz com que na vida adulta, muitas vezes, com baixa autoestima sintam a necessidade de procurar apoio na resolução dos seus problemas. Todavia nem sempre tem a “sorte” de encontrar as pessoas certas a quem confiar. Há pessoas que se disfarçam de boas intenções quando na verdade não as tem. Por essa razão as pessoas que confiam em excesso, são as “vítima perfeitas” de pessoas mal-intencionadas. Confiar em excesso é também “dar confiança” para a permissão de determinados comportamentos. Com o decorrer do tempo, o confidente (aquele que escuta os segredos), acaba por considerar que pode manipular da forma como quer e como apetece, algo como uma marioneta. Quando não faz o que o confidente quer, este ultimo revela-se no mau sentido através de comentários subtis. A título de exemplo: suponhamos que confidenciou, a um amigo, e pediu sigilo, que tem por hábito manter o telemóvel desligado porque não pretende ser incomodado após o trabalho mas dá como desculpa , no dia a seguir, após constatar que o contactaram, que fica com regularidade e frequentemente sem bateria. Num dia, o seu confidente pede-lhe ajuda para alguma coisa, mas você reponde lamentando que nesse dia , por mais que queira não consegue ajudá-lo porque tem trabalho em atraso. Esse amigo, descontente com a resposta, na pausa para almoço em convívio com outros colegas e de forma subtil diz “ Tentaram telefona –lhe pelas 19h?! Estava desligado?! Tentem pelas 22h, a partir dessa hora a bateria já está carregada.”
O que fazer nestas situações? Em primeiro lugar, tem de aprender a proteger-se. Vivemos numa sociedade em que primeiro as pessoas tem de ver satisfeitas as necessidades e vontades delas próprias os outros não tem direito a ter vontades ou desejos. Nem tudo precisa de ser dito. Você tem de confiar primeiro em si e só em si. Em segundo lugar, é necessário selecionar as pessoas em quem se confia. Em vez contar de imediato os seus segredos mais íntimos, conte alguma coisa menos importante e peça sigilo. Se a pessoa a quem confia cumprir com a promessa (atenção que ainda tem de demorar alguns meses) , passou no teste. Em terceiro lugar, confiou e arrependeu-se e não pode voltar atrás e são pessoas fazem parte das mesmas dinâmicas no dia-a-dia, trabalho, família, lazer (amigos). Sabe, nem todas as “guerras” são para ir “à guerra”, certo? Nem sempre as pessoas conseguem compreender que magoaram através de um dialogo construtivo e sincero “Eu não gostei dessa situação, porque me senti magoado/a…”. É errado ir na mesma direção de comportamento, “contar os segredos”.
Isso é ser igual. E o carater vale muito. Descomplique e relaxe. Mesmo que os seus segredos sejam revelados por alguém inconveniente nunca terão cem por cento de credibilidade. Porque só escutaram de um lado, porque se não disser nada e se se remeter ao silêncio o que as pessoas vão pensar, “será verdade?! Ou será porque está aborrecido, está a dizer isto?!”. Ficarão na dúvida. Se essa pessoa for deselegante consigo à sua frente perante outras pessoas, aí sim, tem de se defender, mas de forma subtil como fazem consigo. Primeiro, com humor, “Estou surpreendido/a com tantos elogios da tua parte.” Em seguida, “Caro amigo o que queres dizer com …”. Depois, “Recordo-me agora de uma situação tão divertida de nós os dois… (conte o episodio mais divertido e mais constrangedor do seu confidente que não lhe tenha pedido sigilo). E é aqui que vai perceber que entrou igualmente por “caminhos que não devia”. E o seu confidente vai perceber que se não quer que lhe façam o mesmo, tem de ter atenção para não fazer aos outros. Abrir o nosso coração é tal como abrir a porta da nossa casa a alguém. É mostrar a nossa intimidade. E não é qualquer pessoa que o mereça. Seja fiel a si próprio.
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