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Controlo da Obesidade: uma chave no tratamento da COVID-19

A responsabilidade de todos

Controlo da Obesidade: uma chave no tratamento da COVID-19

Voz à Saúde

2021-01-19 às 06h00

Joana Afonso Joana Afonso

Somos um país de recordes. Somos um país do “com sorte, só acontece aos outros” e somos um país de costumes. Por vezes, nem sempre saudáveis. Nem sempre atendemos ao que comemos, nem ao que saudavelmente precisamos. Nesse sentido, estima-se que cerca de metade da população portuguesa tenha excesso de peso e perto de 1 milhão de adultos atinja mesmo valores de obesidade.
Em tempos de pandemia, diariamente, me deparo com utentes cujo peso aumentou, a barriga cresceu e os níveis de açúcar ou colesterol descontrolaram. É o reflexo de uma vida mais sedentária e com menos controlo na alimentação. Saiba que a obesidade é hoje um dos principais fatores de risco para a gravidade da infeção pelo vírus COVID-19. Da mesma forma, também prejudica diversas doenças crónicas como a diabetes, a hipertensão arterial ou a dislipidemia (alteração dos níveis de gordura no sangue) que se associam a prognósticos mais negativos da infeção. A obesidade pode relacionar-se diretamente a uma diminuição da competência do sistema imunitário, o responsável pelo combate à doença e até a uma diminuição da resposta gerada pela vacinação.
Devem ser seguidas as recomendações de uma alimentação saudável, em caso de infeção por COVID que, para um indivíduo adulto, preconiza o aporte de energia de cerca de 25-30 Kcal/ kg de Peso corporal/ dia, cujo teor em proteínas seja de 1,3 a 1,5 g/ kg de Peso corporal/ dia. Em termos práticos, se um doente pesar cerca de 70 kg o seu aporte de energia deverá rondar 1750-2100 Kcal distribuídas ao longo de 24 horas, sendo que, deverá comer entre 91-105 g de proteínas (por exemplo, 100g de um bife de carne de novilho têm cerca de 25g de proteína).
É necessário dar destaque à importância da adequação do aporte de vitaminas como a vitamina A e as vitaminas do complexo B, C, D e E, assim como, de micronutrientes como o zinco ou o selénio. Não serão necessários suplementos artificiais se praticar uma alimentação variada e equilibrada. São exemplos de fontes destes:
• Vitamina A: fígado, gema de ovo, óleos de peixe, vegetais como cenoura ou espinafres e frutos como manga, melão ou papaia;
• Vitaminas do Complexo B: carnes, peixe, ovos, leite e derivados, cereais, grãos e vegetais;
• Vitaminas do Complexo C: frutos como laranja, kiwi, morangos, manga ou limão;
• Vitamina do Complexo D: exposição controlada à luz solar;
• Vitaminas do Complexo E: verduras, azeite, vegetais e frutos secos como nozes, amêndoas ou avelãs;
• Zinco: ostras, carne de boi, fígado, feijão de soja ou frutos secos como amêndoa ou amendoim;
• Selénio: arroz, trigo, gema de ovo, carne de frango ou sementes de girassol.
Somos um país que tem ao alcance, entre muitas outras medidas, alterar a forma de pensar, de agir e de fazer frente à obesidade e à severidade da infeção pelo vírus da COVID 19 com atitudes tão simples como a forma de comer.
Lembre-se, cuide Si! Cuide da Sua Saúde!

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