Os amigos de Mariana (1ª parte)
Escreve quem sabe
2012-05-29 às 06h00
No último congresso internacional da ANEIS, em Novembro do ano passado na Universidade do Minho, Filomena Ponte apresentou uma comunicação fazendo (re)surgir uma palavra que, pela sua sonoridade e harmonia, me provocou um imenso espanto. O mesmo espanto aristoteliano que numa das minhas primeiras crónicas vos escrevia, de quando as aprendizagens se dão: o aluno só aprende na medida em que se espanta. E essa palavra foi tomando significado e de tão intensa (quer a palavra quer o seu significado) passou a vaguear pelo meu (in)consciente. E, encontrei-a em muitos sítios, em muitas pessoas, em muitas vivências, em... mim.
E com este encontro a necessidade de a partilhar. Porque também ela presente no modelo de diferenciação de sobredotação e talento proposto por Gagné em que o autor delimita a sobredotação na existência ou uso de habilidades naturais num ou mais domínios e o talento no desenvolvimento sistemático dessas habilidades que conduzem ao desempenho na área da excelência. Ou seja, a habilidade natural (sobredotação) conduz à excelência quando há um desenvolvimento sistemático (talento).
As habilidades naturais estão presentes em vários domínios: intelectual, criativo, sensório-motor, social, emocional... e as competências desenvolvidas refletem-se ao nível académico, artístico, de ação social, tecnológico, artístico, físico, de liderança,.... Para que o desenvolvimento da habilidade natural se reflita em competência vários catalisadores (intrapessoais e ambientais) concorrem na sua mediação: a motivação, a personalidade, o contexto escolar, os professores, os pais,... E é aqui, entre a habilidade natural e os fatores intrapessoais e ambientais que surge a palavra atrás referida. E é aqui também que a habilidade natural (sobredotação) se transforma em talento.
Quando tudo se conjuga para que o desempenho atinja níveis de excelência.
E como dizia Louis Pasteur, “O acaso só favorece a mente preparada”, há acasos felizes que levam a descobertas inesperadas. A história está repleta deles e chamou-lhes SERENDIPIDADE.
Hoje é considerada uma das muitas técnicas de desenvolvimento do potencial criativo que alia perseverança, inteligência e senso de observação, muito comumente apelidada de insight. Ou seja, mais um catalisador que medeia as habilidades naturais à sua forma aplicada, o ta-lento. E que nos traz responsabilidades acrescidas. E que nos faz não desistir. Porque presente nas nossas relações com estes alunos/filhos.
Por acaso, somos os seus professores, por acaso, somos os seus pais. E se queremos, por acaso, que as suas mentes brilhem, que as suas habilidades naturais se transformem em talentos, temos que os preparar.
O primeiro passo da nossa responsabilidade é o de manter a mente aberta para os reconhecer, o segundo, para os aceitar, e o terceiro, para os levar a aprender. Reconhecer, porque eles existem... Aceitar, porque acreditamos.... Levar a aprender, porque queremos.
E porque “as sementes germinam numa mente adubada” cabe a todos (do sistema educativo tão esquecido aos professores tão desistentes) criar todas as possibilidades para que aconteça SERENDIPIDADE.
Porque estávamos todos no lugar certo, à hora certa... e aconteceu!
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