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Desidratação – quando o risco é maior que a sede

A responsabilidade de todos

Desidratação – quando o risco é maior que a sede

Voz à Saúde

2018-09-04 às 06h00

Ana Rita Vaz Cruz Ana Rita Vaz Cruz

A desidratação acontece quando a perda de água corporal não é compensada através da sua ingestão. É um problema comum, sendo causa frequente de internamento na população idosa e a maior causa de morbilidade e mortalidade em lactentes e criança menores em todo o mundo.
Ocorre, frequentemente, por razões simples: a ingestão de menos água porque se está doente, ocupado, ou apenas porque não se tem sede. No entanto, existem situações em que é mais provável, como nos casos de febre, calor, prática prolongada de exercício físico, vómitos, diarreia, aumento da excreção de urina (devido a infeção ou toma de diuréticos), diabetes, imobilidade (impossibilidade de alcançar comida ou bebida autonomamente), ou no caso de queimaduras de grande superfície.

Infelizmente, a sede nem sempre é um bom indicador para avaliar as necessidades do organismo em água, principalmente em crianças e idosos.
Os sinais de desidratação ligeira e moderada incluem sede, boca seca, redução na frequência da excreção de urina, urina amarela escura, dor de cabeça e cãibras. Enquanto a desidratação severa se pode traduzir por pele muito seca, tonturas, aumento da frequência cardíaca, respiração acelerada, urina muito escura, olhos encovados, sonolência, falta de energia, confusão, irritabilidade ou desmaio. Em bebés e crianças, os sinais podem ser diferentes, com boca e língua secas, fralda seca durante 3 horas, olhos encovados, sonolência e irritabilidade.

O tratamento da desidratação leve e moderada, na maioria das vezes, é simples, necessitando-se apenas de um aumento da ingestão hídrica. Soluções de reidratação oral que contêm volumes adequados de eletrólitos estão disponíveis sem receita médica e funcionam bem para tratar a desidratação leve, principalmente a causada por vómito ou diarreia em crianças. Nos casos mais graves, é necessário um acompanhamento médico, com soluções intravenosas contendo cloreto de sódio. Se não for corrigida atempadamente, a desidratação pode agravar-se conduzindo a um estado de coma, e eventualmente à morte.
Procure o Médico de Família nos casos de diarreia ou vómitos com mais de 24 horas de duração, irritabilidade, desorientação, sonolência ou incapacidade de manter a ingestão hídrica.

A prevenção é o melhor tratamento! Beber líquidos, consumir alimentos ricos em água (frutas e vegetais) e antecipar o aumento das necessidades hídricas. Evitar a exposição ao calor, usar roupa clara, leve e confortável. Assegurar que as crianças e idosos têm água disponível e encorajá-los a bebê-la. Evitar o consumo de álcool e de bebidas com elevado teor de açúcar e evitar exercício físico durante as horas de maior calor.
A Direção Geral de Saúde recomenda 2,5 litros de água por dia para homens adultos e 2 litros para mulheres adultas. No entanto, se tivermos em conta que aproximadamente 20% de água ingerida estará presente nos alimentos (fruta, saladas, sopa), os homens deverão ingerir diariamente cerca de 2 litros de água e as mulheres 1,6 litros.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!

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