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Braga, sexta-feira

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Dia Nacional do Estudante: "Não recuamos, gratuitidade já!”

Maravilhas Humanas

Dia Nacional do Estudante:

Ideias Políticas

2025-03-25 às 06h00

Inês Rodrigues Inês Rodrigues

Nesta segunda-feira, dia 24 de março, milhares de estudantes do ensino superior de todo o país saíram às ruas para celebrar o Dia Nacional do Estudante e reafirmar as suas exigências por um ensino superior democrático, gratuito e de qualidade. Esta manifestação, marcada pela unidade e determinação dos estudantes, teve como objetivo principal chamar a atenção para as dificuldades que enfrentam e as políticas que procuram destruir o carácter público do ensino superior.
As dificuldades de acesso e frequência ao ensino superior, agravadas pelas condições de vida cada vez mais difíceis, são fatores que contribuem para a elitização deste nível de ensino. Alargar os três exames nacionais obrigatórios para seis, como foi anunciado na semana passada, reforça a injustiça do exame nacional como método de avaliação para todo o país - norte a sul, independentemente das condições de aprendizagem, da falta de professores ou condições da escola, três horas de avaliação dos dois ou três anos de matéria sobrepõe-se a anos de avaliação contínua - e deixa para trás quem não consegue pagar explicações, estudantes da via profissionalizante, aqueles que têm mais dificuldades financeiras. Entre as principais razões que levaram milhares de estudantes a juntar-se a esta manifestação, destacam-se as propinas, taxas e emolumentos, que continuam a ser a principal barreira que afasta muitos jovens do ensino superior, seja no início ou a meio do seu percurso académico. O anúncio do Ministro da Educação, Fernando Alexandre, sobre o aumento do teto máximo das propinas reforçou a preocupação dos estudantes com o aumento dos custos de frequência.
Há mais estudantes deslocados em Braga (mais de 16 mil) do que camas em residências públicas no país inteiro. 10% dos estudantes desistem do Ensino Superior por falta de condições económicas, 4 mil por ano desistem de se matricular no Ensino Superior e quase metade tem sintomas de dificuldades no plano da saúde mental.
No entanto falta cumprir o Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, faltam bolsas e as que existem vêm atrasadas (e servem para pagar a propina, excepto em casos de Mestrado onde nem para isso são suficientes), faltam psicólogos, a revisão do RJIES afasta os estudantes dos órgãos de gestão das faculdades e não há democracia nas universi- dades. O que traz a política de direita? Ameaças de aumento da propina.
Milhares de estudantes saíram ontem à rua a manifestarem-se por mais residências, mais bolsas, uma revisão democrática do RJIES e pelo fim da propina. Nofundo, manifestaram-se contra a política de direita, venha de onde vier (seja do PSD/CDS, com apoios de IL e CH, ou do PS).
A manifestação do Dia Nacional do Estudante de 2025 foi um grito de união e resistência, mostrando que os estudantes estão dispostos a lutar por um ensino superior que reflita os valores de Abril. Não recuaram ontem, não recuaremos nunca!

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