O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2011-09-25 às 06h00
As instituições escolares, sejam públicas ou privadas, tem à sua responsabilidade uma grande tarefa, a de instruir crianças com diversas capacidades de aprendizagem que provem de diversos tipos famílias com ambientes familiares, condições económicas e culturas igualmente diferentes. A escola durante o processo educacional, depara-se, por vezes, com crianças com necessidades educativas diferentes, mais concretamente, crianças para quem a língua local pode ser um novo idioma, as que têm problemas de aprendizagem e as superdotadas. Daí em parte a expressão “Todos iguais, mas diferentes”, isto é, os mesmos direitos para todos mas cada um com as suas características próprias. Antigamente o ensino, entendida que as crianças tinham as mesmas capacidades de aprendizagem, e aquele que fugia à regra era visto como preguiçoso, mau aluno etc.
Certamente, deve conhecer alguém que ainda recorda de como eram os métodos de ensino antigo, em que por exemplo, quem não acompanhava as etapas de aprendizagem era “coroado” na cabeça, perante a turma, com umas enormes orelhas de burro feitas de cartolina, ou era punido fisicamente através de “reguadas”, ou seja, o docente batia com um pau comprido e fino nas mãos. Existia também um outro tipo de castigo, a privação do recreio em que a criança ficava na sala de aula a recapitular/ perceber a matéria dada enquanto os colegas brincavam no exterior. Nesse tempo, talvez não houvesse a sensibilidade suficiente para perceber que provavelmente algumas das crianças tinham dificuldades de aprendizagem. Quando a ridicularização por parte dos professores ou colegas, ultrapassava já os limites do razoável, estas crianças preferiam abdicar dos estudos, o que hoje, designámos de insucesso e abandono escolar. Felizmente hoje os tempos são outros! Enquadra-se no domínio dos problemas de aprendizagem, a dislexia. Esta é um distúrbio que interfere na aprendizagem escolar. Para que melhor se entenda, a dislexia é um distúrbio do processamento da linguagem em que, por exemplo, o nível da leitura é consideravelmente inferior para um QI previsto para a idade dessa criança. Esta dificuldade pode interferir com outros aspectos da aprendizagem, tais como, a audição, a fala, a leitura e a escrita, o cálculo, sendo que cada um envolve problemas distintos. Exemplificando, relativamente à matemática, a criança disléxica tem normalmente dificuldades em contar, comparar números, calcular e recordar operações básicas. Também, no que diz respeito à leitura e escrita, tem dificuldades na gramática, na compreensão e soletração das frases e palavras. Estas tendem também a ser mais distraídas, menos organizadas e tem dificuldades de uso de estratégias de memória. Os especialistas apontam causas ainda incertas ao distúrbio de aprendizagem, no entanto, crêem que possa derivar de factores genéticos. Mas atenção, importa referir também que nem todas as crianças que tem dificuldades na leitura, matemática ou outras matérias escolares tem problemas de aprendizagem, deve-se sobretudo, a problemas de ansiedade, tem dificuldades em ler ou ouvir instruções ou não tem interesse simplesmente pela matéria. A dislexia tem tratamento com apoio especializado e adequado que ajuda a minimizar os efeitos desta. Apesar um transtorno crónico, não significa que o indivíduo seja menos inteligente, caso não fosse o exemplo, de Albert Einstein, que sendo disléxico foi um grande génio.
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