Liberdade, não te ausentes de mim!
Ideias
2019-05-10 às 06h00
Depois do adeus de um governo há sempre esperanças e curiosidade em ver em que param as modas. Aliás, depois de uma «geringonça» à maneira, com que se encheu a boca e se levou o povo, “enganando-o” com alguns euros, umas melhorias de vida e todo um agravamento dos impostos indirectos e do custo da subsistência, com as eleições à porta tudo é de se esperar, apesar das europeias. Sendo evidente que o que hoje escrevemos não passa de uma mera hipótese assente num raciocínio de futurologia, há que se atender às circunstãncias do momento e aos sinais que nos possam levar a certas conclusões. Até porque nesta partidocracia em que vivemos, e em que as vivências de 45 anos anos nos levam a não acreditar nos políticos, há coisas que nunca mudarão sobretudo no que concerne ao modo de fazer e de se concretizar a política, num campeonato em que as “toupeiras” e os “resultados” surgem atravessados pelos compadrios, amiguismos, parentescos, afinidades, amizades e jeitos, conduzindo a certo nepotismo e a toda uma corrupção. Não havendo coragem nem interesse numa reforma que há muito se impõe e já tarda, continuará a ser alimentada pelo erário público toda uma comandita de parasitas, aliás encaixados no parlamento (230 deputados, imagine-se!),na administração pública, em serviços do Estado, nas Forças Armadas, com generais a mais e em estúpidas burocracias, mantendo-se cargos desnecessários, medidas utópicas, extravagâncias de pretensos expertos, utopias e filosofias de trazer por casa e discutir à lareira, etc., etc., mas que agradam aos papalvos e ... à Europa.
Pelo que nos é dado perceber, o Bloco anda preocupado com o problema do SNS, tanto mais que pretende acabar de vez com as PPP na administração dos hospitais, e o PS, pelo que a Catarina diz, já não alinha no acordo feito, metendo os pés pelas mãos em tal problemática e afirmando não ter havido acordo nenhum. Trata-se do SNS e Marcelo já disse o que havia a dizer, mas de momento acreditamos mais na Catarina do que nos socialistas Costa e César, habituados como estamos às suas usuais mentirolas, afirmações, baboseiras, palavras de conveniência, habilidosos silêncios e artificiosos sorrisos. Enfim!... São ambos uns «experts» em política, calejados e experientes, um com inata habilidade e arte para «enganar», «seduzir» e dizer só o que o povo gosta e quer ouvir (se falar, porque quando os temas não lhe agradam cala-se e não responde), e o outro um “sabichão” e “videirinho”, sempre muito lesto e hábil em arranjar lugares e colocações para familares, como aliás tem vindo a acontecer desde que deixou os Açores e lhe deram importância. Até porque para se ser político é preciso ser-se um “artista”, e saber subir na vida, na sociedade, arranjar dinheiro e ... praticar todo um mundo de acrobacias, malabarismos e aldrabices.
Aliás recentemente, e na Câmara de Lisboa, houve um sururu com os nomes dos encabeçantes numa Associação dos Amigos dos Cemitérios, todos com ligações e proximidades políticas ao PS e alguns “familiares” do dito César, pelo que num futuro governo, se forem todos vivos e ainda não tiverem ido parar ao dos Prazeres, a outro qualquer e ao crematório, não faltarão lugares e cargos em novo governo, mesmo que Costa continue como primeiro ministro, o que é provável, e queira refrescar o mesmo governo. Certamente usando os mesmos critérios da amizade, familiares, amigos e confrades, ainda que incluindo, na nova e futura “geringonça” governamental, alguns “independentes”, de cor alaranjada para satisfazer o Rio e outros com ideias avezadas à esquerda para satisfazer o PC e o Bloco. Que deste modo, não se formatando nem se comprometendo concreta e abertamente com tal geringonça, não deixarão de «geringoncear» no parlamento, actuando conforme os interesses partidários, “calando” censuras da “clientela”e levando a água aos seus moinhos. E tudo com o agrado do Marcelo, que assim poderá dedicar-se mais às viagens, aos banhos, às visitas, aos telefonemas, às presenças para abraços de afecto e shelfies, e a desfazer-se em ... sorrisos.
Entretanto, passados 45 anos de uma especial democracia, a vida continua difícil, sem futuro e sem melhorias, com uma dívida pública que teima em se manter no pódio (723 mil milhões de euros é obra! CM. 28.4.19) com um terceiro lugar gravoso e perigoso que não tira o sono ao “Ronaldo” das Finanças de Portugal e da CEE, muito mais preocupado e vaidoso com o nível do déficit atingido, aliás conseguido à custa do povo, “congelando” investimentos públicos, melhorias e necessidades dos serviços, operando cativações, onerando o povo em termos fiscais e em impostos indirectos, sendo de anotar o agravamento do IMI como novas avaliações. Mas ainda importa referir que continuarão a vingar e a pesar os problemas com a Banca, o Novo Banco, a CGD, o madeirense Berardo, os estragos do BES e a actuação do também madeirense Ivo Rosa no processo «Marquês», e no seu desenvolvimento. Na verdade alongam-se demasiado no tempo os processos das gentes de colarinho branco, sempre muito “sujas” e com muita “conversa”, que continuam à solta e ao sabor de uma justiça “minada” pelas leis e pelos muitos advogados e juristas políticos ou pró-políticos, cada vez mais “embrulhados” nos seus interesses e dinheiros. E suas vidas!
E ainda num quadro de futurologia e de prognósticos, continuarão a ocorrer problemas e desgraças com incêndios, pedreiras, graves secas, poluição das águas do Tejo vindas de Espanha, explorações do lítio, reflorestação do país, colocação dos jovens formados, greves e mais greves, a situação dos professores, dos enfermeiros e de outros grupos profissionais, listas de espera nos hospitais e centros de saúde, mais aumento do custo de vida e a já sabida e sentida falta de dinheiro e de desenvolvimento da economia. Mas, claro, sempre com um enorme dispêndio de dinheiro público com os muitos políticos e os “enquadrados” nos serviços públicos locais e centrais. Para já não se falar em subsídios, subvenções e muito mais dinheiro para os partidos e eleições, porque vivemos em democracia, ainda presos em “promessas” e “baboseiras” que se repetem sempre, mormente ao evocar-se Abril de 1974 (já lá vão mais de 45 anos !). Aliás numa geração de espertos e de “videirinhos” que se louvam num antifascismo que nunca sentiram e de que se aproveitam «para mandar na vida e no dinheiro dos outros», com alguém escrevia sobre certo partido e um badalado sururu a respeito duma histérica e artificiosa «necrofilia» (CM, 28.4.19).
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