Sozinho em casa
Ideias Políticas
2011-09-30 às 06h00
O Estado do País faz-nos reflectir sobre que futuro realmente queremos para o Nosso Portugal. Em trinta anos de democracia é a terceira vez que o FMI entra cá, projectando o estado da nossa economia num panorama de descrédito e falência perante o exterior. É o momento de dizer Basta! O estado tem que emagrecer na sua despesa com uma melhor racionalização.
O ensino Superior é um dos sectores que tem de contribuir para esta racionalização, pois nem sempre o seu financiamento é bem aplicado, havendo ainda uma rede exagerada com 15 universidades e mais 22 Politécnicos. Com um conflito pedagógico entre as duas estruturas de ensino.
Portugal está numa situação extraordinária; e para situações extraordinárias exigem-se medidas extraordinárias. As dificuldades de hoje requerem então, que se compreendam as necessidades do tempo presente sem esquecer de projectar as consequências a médio e longo prazo para que assim se pense o Ensino Superior, não voltando a incorrer nos erros do passado.
A aposta na educação, nomeadamente no ensino superior tem que ser uma prioridade, porque muito mais que reforçar a informação e a formação cívica das pessoas, dá oportunidade de promover a sua autonomia social e potencializando a competitividade na nossa economia, criando uma rede de conhecimento, investimento, inovação e de desenvolvimento no nosso País. Desinvestir na Educação é sem dúvida hipotecar o Futuro de Portugal. Tendo de ser um investimento no rigor, no mérito, na competência e no trabalho, porque só com estes princípios é que se consegue combater o facilitismo e a crise que se vive.
A formação superior tem que ser repensada na base da qualidade e da especialização. É impensável manter percursos académicos sem qualidade, porque até o próprio mercado de trabalho é condicionado. Quanto à sua especialização, é necessário e com urgência repensar a rede, e passa certamente pela especialização das universidades e politécnicos.
Primeiro regional, de acordo com a região em que o estabelecimento se encontra inserido, potencializando ainda o próprio tecido empresarial e económico da região. Por outro lado, tem que haver um corte na duplicação de cursos em diferentes estabelecimentos, não se justificando o mesmo curso ser leccionado a menos de 200km de distância um do outro. A especialização dos estabelecimentos devia ser numa lógica territorial dando a oportunidade de acesso a pelo menosdois locais distintos, pela questão da mobilidade e por outro lado para promover a própria competitividade entre instituições.
O governo e bem terminou com o MCTES, e colocou estas áreas, de onde nunca deviam ter saído, no Ministério da Educação e Ciência, porque o ensino é contínuo e a formação tem que ser pensada como um percurso completo pautado pela exigência e rigor. Os momentos que atravessamos são de uma dificuldade bastante acrescida, e exige que todos os recursos disponíveis sejam bem aplicados, havendo sempre o ganho na eficiência. Não querendo dizer com isto que o ensino superior possa ser sujeito a mais cortes absurdos e monstruosos no seu funcionamento. Contudo o ensino superior tem que ser revisto sem tabus e sem medos e para esta mudança teremos que deixar de fora corporativismos, para que as reformas necessárias sejam executadas.
É possível vencer a crise e o ensino superior tem um papel importantíssimo e preponderante para a transformação de Portugal num País mais forte e mais rico. Mas muito mais quereformas é necessário, todos nós termos a predisposição da mudança, para fazer um País melhor.
23 Junho 2020
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário