A responsabilidade de todos
Voz à Saúde
2021-06-15 às 06h00
Numa nova série de documentários de saúde mental, presidida pela famosa apresentadora americana Oprah Winfrey, o Príncipe Harry da família real britânica é visto sob uma forma de terapia conhecida como EMDR (Dessensibilização e Reprocessamento através do Movimento Ocular), com a finalidade de tratar a ansiedade não resolvida decorrente da morte da sua mãe, Diana, Princesa de Gales, quando tinha 12 anos.
O EMDR foi desenvolvido na década de 1980 por uma psicóloga americana, Francine Shapiro. Enquanto caminhava num parque, Shapiro suspeitou que os movimentos dos seus olhos estavam a diminuir a angústia das suas próprias memórias traumáticas e decidiu testar a abordagem noutras pessoas, onde, com tempo, desenvolveu uma terapia psicológica padronizada para tratar problemas associados a memórias traumáticas.
A terapia é recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), com aplicações terapêuticas na perturbação de stress pós-traumático (PTSD), ansiedade, depressão e é utilizada numa variedade de problemas causados por traumas. Muitos pacientes possuem um evento profundamente perturbador no seu passado, que ressurge através de pensamentos intrusivos, pesadelos ou flashbacks, causando medo, ansiedade e, por vezes, evitamento de situações que acionam a memória.
Durante as sessões de terapia EMDR, é solicitado aos pacientes que se concentrem nas experiências que os perturbam e nas sensações que estas memórias causam e, enquanto estão focados nos eventos específicos, recebem o que é chamado de “estimulação bilateral”, que geralmente é conseguido a seguir o dedo do terapeuta, conforme se move para a esquerda e para a direita, a tocar sons num ouvido e depois no outro, ou efetuar toques alternados numa parte esquerda e depois direita do corpo do paciente. Não existe hipnose envolvida, as pessoas estão totalmente conscientes durante a terapia.
O objetivo do EMDR é reduzir as emoções angustiantes que certas memórias ou situações desencadeantes provocam. A maquinaria deste processo é ainda pouco clara nos estudos científicos, mas acredita-se que o método envolvido recai no pressuposto de que os eventos traumáticos não são armazenados da mesma forma que as memórias normais e saudáveis e, portanto, podem ressurgir e invadir. Na terapia EMDR, as pessoas são forçadas a dividir a sua atenção, concentrando-se na estimulação bilateral ao mesmo tempo que se concentram no evento traumático. A terapia não ajuda as pessoas a esquecer as lembranças traumáticas, mas atenua a angústia que estas causam, permitindo que o cérebro processe e armazene a memória normalmente.
Concluindo, a terapia EMDR é considerada segura, com efeitos secundários bastante inferiores comparativamente à farmacologia e, embora seja eficaz a longo prazo, pode ser emocionalmente stressante o curso do tratamento, mas com ganhos positivamente benéficos.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!
12 Março 2024
05 Março 2024
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