A responsabilidade de todos
Voz à Saúde
2019-01-15 às 06h00
Vulgarmente o termo Enxaqueca é usado para descrever o desconforto ou dor de cabeça que se apresente de maior intensidade face ao padrão mais frequente. No entanto, esta designação diz respeito a um tipo específico de dor de cabeça, bem caracterizado. A Enxaqueca pode ter início em qualquer idade, sendo mais comum o seu aparecimento a partir da puberdade e idade adulta, bem como apresenta uma maior prevalência no género feminino. Existem mesmo alguns casos em que o agravamento da Enxaqueca corresponde às variações do ciclo da mulher, uma vez que, a prevalência aumenta depois destas menstruarem pela primeira vez, são frequentes aquando do período menstrual, podem agravar com a toma de pílula anticoncetiva e atenuar no período de gravidez ou menopausa.
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cefaleias estima-se que, só em Portugal, cerca de 2 milhões de pessoas possam sofrer da doença, sendo que destas, 700 mil experimentam o grau mais incapacitante com um registo superior a 4 crises em cada mês.
Os sintomas da Enxaqueca, sendo esta uma doença neurológica crónica que aparece várias vezes ao longo da vida, intercalando com períodos sem qualquer manifestação, prendem-se com dor de um dos lados da cabeça, forte, de padrão pulsátil e latejante, que agrava com o esforço físico ou simplesmente, com os movimentos da cabeça acompanhada de enjoos, vómitos, intolerância à luz, aos ruídos e, ainda, a alguns cheiros. Esta maior sensibilidade leva a que quem sofre da doença procure um local calmo, escuro e silencioso para que possa repousar e adormecer na tentativa de aliviar os sintomas. Cerca de uma em cada 5 crises é precedida por uma aura que consiste numa perturbação transitória, com duração de alguns minutos e reversível da visão, sendo frequente a referência a luzes, alteração do equilíbrio, da coordenação do corpo e da linguagem.
São vários os fatores que podem despoletar uma crise de Enxaqueca, entre os quais, destaque para: o consumo de queijo, chocolate, morangos, marisco, vinhos, molhos artificiais; alterações do ritmo de sono; stress e ansiedade; prática de exercício físico; jejum; pequenos traumatismos.
O diagnóstico é, essencialmente, clínico, dependendo da descrição dos sintomas e de todo o enquadramento da doença, aliado à realização de um exame objetivo cuidado pelo seu Médico Assistente. Apenas em alguns casos poderá ser necessária a realização de um exame de imagem para excluir outras doenças que possam apresentar um quadro semelhante.
Apesar de a Enxaqueca não ter cura as crises podem ser prevenidas ou controladas. Além da necessidade de controlar os fatores precipitantes há fármacos que, de uma forma individualizada, permitem reduzir a frequência, a duração e a intensidade das crises. Desta forma, não hesite em procurar a assistência do seu Médico de Família, pois ele saberá como ajudar.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!
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