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Escutismo: Movimento Seguro (V)

A responsabilidade de todos

Escutismo: Movimento Seguro (V)

Escreve quem sabe

2020-01-17 às 06h00

Carlos Alberto Pereira Carlos Alberto Pereira

Nesta quinta crónica, vamos lançar um olhar, ainda que sintético, sobre O manual de Boas Práticas do Corpo Nacional de Escutas (CNE) que é definido nos seguintes termos: «surge na sequência da aprovação da política de proteção da criança e do jovem do CNE, Escutismo: Movimento Seguro. Pretende fornecer aos dirigentes, sobretudo àqueles que desenvolvem a sua missão junto dos escuteiros, linhas de atuação de modo a criar um ambiente seguro no espaço onde se desenrolam as atividades escutistas.

Este documento enquadra-se no contexto jurídico civil e canónico no que se refere à proteção de crianças e jovens». Este manual organiza-se em três linhas de ação: prevenção, deteção e intervenção, assim caraterizadas:

1. Prevenção
São identificadas uma série de boas práticas a adotar pelos adultos do CNE no desempenho da sua missão educativa no sentido de criar um ambiente seguro para crianças e jovens. Estas ações encontram-se listadas com particular destaque para os riscos inerentes às áreas definidas como prioritárias, bem como para os contextos em que se desenvolve a atividade escutista.
Aqui, para cada tema, como as dependências, a internet segura, a relação educativa e os abusos, o bullying, a saúde e o bem-estar, a segurança nas atividades, os rituais de iniciação, o relacionamento entre pares, a relação com pais e encarregados de educação e adultos no escutismo, são elencados um conjunto de atitudes e comportamentos que permitem, quando observados, ao adulto ter um olhar preventivo sobre o que se passa à sua volta, evitando que situações anómalas se possam desenvolver.

2. Deteção
É importante ter presente que as situações de risco poderão acontecer tanto dentro como fora do contexto escutista, estas situações não reconhecem fronteiras, nem territórios. São situações que, pela sua perigosidade, poderão ter consequências graves para a criança e o jovem, a curto prazo. Neste contexto o adulto voluntário do CNE assume um papel importante na deteção precoce destas situações a partir de sinais, nem sempre claros e conclusivos, que permitirão levar a cabo uma intervenção imediata.
Aqui, fornecem-se algumas pistas no sentido de identificar precocemente situações de dependências, de abusos e de bullying, sendo necessário estar particularmente atento a problemas que podem ser vivenciados fora das atividades escutistas em que é fundamental uma intervenção imediata, antes que o problema assuma proporções significativas e que leve a criança ou jovem a afastar-se do movimento. As indicações dadas, para cada situação, ajudarão o adulto a focalizar a observação e sempre que necessário pedir ajuda a algum dirigente mais experimentado ou a algum profissional da área em questão.

3. Intervenção
Destaca-se o papel ativo dos vários participantes na dinâmica escutista, com particular destaque para os adultos do CNE, perante situações de crianças e jovens em risco, em que foram detetados comportamentos aditivos, situações de cyberbullying, bullying ou de abusos, bem como algumas medidas a tomar de imediato para abordar problemas em qualquer destas áreas.
Finalmente, neste Manual de Boas Práticas aconselha-se a utilizar a estrutura de suporte Escutismo: Movimento Seguro, criada pela Equipa Nacional do CNE, https://escutismo.pt/dirigentes/escutismo-movimento-seguro/escutismo-movimento-seguro:2785, onde qualquer pessoa, associado ou não associado do CNE, pode encontrar os documentos sobre esta temática e expressar uma preocupação ou reportar uma ocorrência no âmbito da proteção da criança e do jovem através de um endereço eletrónico especial que lhe é indicado.
Por de trás desta estrutura está um conjunto de profissionais das diversas áreas e distribuídos por diferentes Regiões (dioceses) que, de forma voluntária, estudam cada caso apresentado, ajudando quem pede ajuda, podendo mesmo deslocar-se para um atendimento personalizado, e que aconselham a Equipa Nacional a tomar as decisões mais apropriadas, para a resolução dos problemas em função da sua caraterização, tanto interna como externamente.

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