O aumento de praticantes no futebol nas suas várias modalidades (futebol de 4,5,7,8,9, e 11, futsal, futebol de praia, walking football), quer no género masculino quer no género feminino, é uma realidade que não vai parar.
De forma transversal a todo o país, incluindo as regiões autónomas, este aumento tem sido feito à custa de muitos apoios e através de muitos agentes desportivos benévolos.
No Alto Minho sob a direção da Associação de Futebol de Viana do Castelo, todos os clubes têm contribuído para este aumento, com o aumento de equipas de vários escalões, com o crescimento da prática do futebol e futsal por parte das meninas e raparigas, que começaram a ver na sua prática uma forma de fazer desporto.

Nem mesmo a pandemia perturbou esta evolução, constatando-se pelo contrário, que as dificuldades impostas aquando do surto do COVID-19, fez disparar a prática desportiva e consequentemente do futebol.
As dez autarquias do nosso distrito tiveram nessa altura, e continuam a ter atualmente um papel decisivo no apoio ao desenvolvimento da prática desportiva nos nossos clubes.
A Federação Portuguesa de Futebol estabeleceu vários programas de apoio às competições não profissionais, onde todos os nossos clubes se inserem, e através das ADR, s (Associações Distritais e Regionais), onde se inclui a AFVC, permitiu que as dificuldades dos nossos clubes se esbatessem.

Mas este aumento deu-se também à custa de muito trabalho de vários agentes desportivos anónimos, que sustentam os seus clubes de forma gratuita.
Os pais dos jovens atletas, são cada vez mais exigentes (e muito bem) e inscrevem os seus filhos em clubes que tenham academias com boas condições, com treinadores com formação, com boa assistência medica.
O projeto criado pela FPF para a certificação de entidades formadoras, se por um lado veio trazer mais exigências aos clubes e algum trabalho administrativo aos seus diretores (ou dirigentes), veio por outro lado provocar a melhoria na capacidade dos clubes em formar convenientemente os seus atletas.

O novo regulamento de prevenção à violência imposto pela APCVD, veio trazer mais responsabilidades aos clubes de modo a que os jogos se realizem em condições desportivas sem episódios antidesportivos, com a nomeação obrigatória de gestores de segurança.
Com a cada vez maior incapacidade por parte das forças de segurança em assegurar a mesma nos campos desportivos, terão os clubes que recorrer aos PCE’ s, ou seja, agentes próprios dos clubes, manter a segurança dos jogos.
Em suma para continuarmos a ter mais praticantes, teremos que ter que ter mais clubes, mais equipas por clubes, mais e mais bem formados treinadores, melhores infraestruturas desportivas, próprias dos clubes ou municipais, mais e mais bem formados árbitros (da responsabilidade da AFVC), mas…

Mas, para que tudo isto aconteça, os clubes têm de estar dotados de muitos recursos voluntários, que trabalham de forma gratuita, sem o reconhecimento estatal há muito prometido, através do Estatuto do Dirigente Desportivo.
E estes recursos também são os que têm de assegurar as funções de gestores de segurança e/ou PCE, e também são os responsáveis pela certificação dos clubes.
Compete-nos agora formar melhores dirigentes, dar-lhes mais conhecimentos, transformá-los de diretores em dirigentes, reconhecer os seus méritos em toda esta evolução positiva que se manifesta na nossa Associação, bem como em todas as outras.
Está na hora de ser implementado o Estatuto do Dirigente Desportivo.