Desculpas (In)Contornáveis
Ideias Políticas
2024-12-10 às 06h00
Não nasci em Braga. Curiosamente, nasci em Bragança, no interior profundo e, sendo filha de professora, fui vivendo ao sabor das colocações da minha mãe. Quis o destino que assentasse os arraiais em Braga há cerca de 14 anos. A cidade que me acolheu, rapidamente se tornou casa e comunidade. Braga é uma cidade especial, no coração deste território, que plantado entre Douro e Minho, reúne o melhor dos dois mundos - a hospitalidade dos transmontanos e a alegria dos minhotos.
Felizmente, Braga não é apenas a cidade que é, pelas suas características imateriais - tornou-se esta cidade pulsante e vibrante pela visão dos seus autarcas e pelo esforço de milhares que a tornam um local onde se quer viver, onde se quer ficar e onde se constroem os sonhos de uma vida. Tudo isto foi possível graças a um avanço e um progresso sem precedentes que se verificou a partir da década de oitenta. É óbvio que este progresso tem um rosto. Conheci o Dr. Francisco Mesquita Machado, já como Presidente da Juventude Socialista de Braga, não tendo tido a oportunidade de ter sido militante no curso dos seus mandatos.
Seria, porventura, mais fácil afirmar que não tenho responsabilidade sobre a Governação Socialista e fazer como alguns esperam: lavar as mãos sobre os erros e esquecer o passado. É evidente que sendo eu dirigente socialista, tenho o dever e a obrigação de ter a solidariedade geracional de defender a herança socialista de Mesquita Machado, sem dogmas, sem a visão monolítica de achar que fizemos tudo bem, sem reconhecer que outros a seguir também conseguiram alguns feitos.
Se, há 12 anos, um ciclo se encerrou, para o ano outro se encerra e quer Partido Socialista, quer o PSD já escolheram os seus candidatos à Câmara Municipal de Braga. Não estamos na iminência de uma luta de António Braga contra João Rodrigues - estamos sim, perante uma luta de duas formas de ver a cidade e de como vamos devolver aos bracarenses uma onda de progresso que melhore definitivamente as suas vidas e não continuar a adiá-las.
Na semana passada, a Comissão Política da Secção de Braga do PS aprovou o nome de António Braga para suceder a Ricardo Rio como Presidente da Câmara, mostrando à cidade que o PS não vive cristalizado nas suas lideranças, mas sobretudo, não vive agarrado aos interesses pessoais dos seus dirigentes. A vontade de ganhar a Câmara é muito maior do que qualquer vontade individual e só assim, unidos e dispostos a construir é que faz sentido construir um projecto autárquico.
António Braga tem um passado que fala por si, mas não é sobre o seu currículo que devemos fazer o debate. O debate tem que se fazer apoiado na maior característica que António Braga tem - o saber fazer. António Braga foi deputado e Secretário de Estado, e sempre que foi convocado para dar o seu contributo à Nação e à República fê-lo e fê-lo bem. É este o espírito que António Braga representa: o dinamismo e ambição de querer mais para Braga. Não é um regresso ao passado, mas sim um regresso ao futuro. Aquele futuro que se ambicionou para Braga há 40 anos, há 30 e há 20, um futuro para todos, sem medo de enfrentar novos desafios.
De nada serve ter o Partido se não tivermos a comunidade, se não tivermos o rasgo de ter uma ambição. De nada serve prometer o possível e o impossível a um ano de eleições, quando estiveram 12 anos a olhar para o lado. De nada serve a João Rodrigues, começar a amaciar o discurso e começar a penitenciar-se pela incapacidade de conseguir fazer, quando ele próprio é responsável pelas “dores de crescimento” que ele aponta. Durante décadas Braga teve a capacidade de fazer crescer sempre a sua população e ao invés de justificar os nossos inconseguimentos, fazia-se, deitavam-se mãos à obra, evoluía-se.
É aqui que queremos voltar e vamos voltar com todos os bracarenses. Não é um regresso ao passado, que sim, nos orgulha. É sim um regresso ao espírito fazedor, pioneiro e vanguardista e esse passado tem um cunho - o cunho do PS. António Braga representa esta força e esta energia, mas representa ainda mais, o espírito autárquico socialista: fazer; fazer bem; fazer melhor do que os outros.
21 Janeiro 2025
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