Uma primeira vez... no andebol feminino
Ideias
2010-05-21 às 06h00
Chegou a hora das loas a quem tão bem (!?) soube ganhar um campeonato, o que, para desespero de muitos, já não acontecia há anos, assim se dando alegria a milhões e milhões de portugueses, cada vez mais acabrunhados, e “lixados”, com Sócrates, seus pares, e outros da mesma laia.
Toda uma nação, a suportar um PEC de tortura e cada vez mais tortuoso, com mais impostos e na antevéspera duma dolorosa bancarrota, teve a felicidade de poder esquecer amarguras e dificuldades e vibrar com o futebol não só jogado, mas sobretudo tão sábia e habilmente conduzido(!?), sendo certo que tão cedo, note-se, não irá haver crise nos negócios dos coiratos, garrafões de vinho, cervejas e pastilhas elásticas. Até porque, de certo modo parafraseando M.Machado, futebol é futebol, um campeão é um campeão e “um cretino é um cretino”, seja ele futebolista, treinador, dirigente ou político. Mas deixemo-nos das cretinices, para já!...
Um campeonato ganho com uma “limpeza” nunca vista, até porque ninguém se queixou de “sujidade” nos balneários e túneis, impondo-se mesmo dizer que as arbitragens sempre se conduziram (ou foram conduzidas!...) de uma forma séria, criteriosa, imparcial e independente, só se marcando falta quando era escandaloso não o fazer, o que, note-se, por norma só acontecia longe das áreas, mormente se era contra os chamados grandes. Aliás perto da área, acreditem, mesmo com Cosmes, Paixões, Elmanos, Lucílios, Benquerenças, Proenças, Xistras e outros, isso muitas vezes só acontecia quando dava jeito a “especialistas” de alguns clubes, ainda que se procurasse sempre dar a ideia dum não favorecimento e do uso da mesma bitola. Ainda quanto à arbitragem, anote-se a “arte” de nomeações ao arrepio da sensatez.
Mas o certo é que se atingiram os objectivos e a água lá chegou ao moinho!... Aliás sendo de todo estultícia questionar-se a justeza de um título face ao concreto duma pontuação, impõe-se sobretudo registar e reconhecer a “inteligência” de toda uma alongada “pré-época” de sensibilização e instrumentalização, aliás muito habilmente programada e bem conduzida, em que se “criou” e se fez “instalar“ um asfixiante e muito condicionante clima de suspeição com as questões dos apitos e classificações de árbitros, de efeitos bem perversos nos homens do apito, atemorizando-os e levando-os, na dúvida, a apitar sempre contra os mesmos. Como foi notório, aliás!...
Mas se por um lado não se pode ultrapassar resultados nem o futebol agradável e por vezes bem jogado, por outro não se pode de modo nenhum escamotear os pequenos “nadas” dos muitos penáltis a favor e de se ter jogado “mais de um terço do campeonato contra adversários reduzidos a 10 jogadores”, como foi referido em “O Jogo”, nem esquecer que o “mérito” de muitos desses resultados se ficou a dever à habilidade de uns em se atirarem para o chão, simulando agressões, “gritando”dores e rebolando-se, e ainda à arte de outros na cacetada, perante a complacência de árbitros “comovidos” e “emocionados” com tais artistas e o espectáculo, “não vendo” sequer as entradas suicidas e criminosas dos sarrafeiros usuais.
É óbvio que há também que reconhecer o “engenho” dos túneis, devidamente sufragado por uma Comissão de Disciplina a “afirmar-se” sempre pela isenção, idoneidade, honestidade e competência, mas também bolçando sempre despudorado convencimento, tola vaidade e falta de humildade.
Claro que nesta área de impolutos e isentos há que referir ainda todo um naipe de escribas e comentadores onde os Bonzinhos, Manhas, Delgados, Queridos, Antónios Traço Pedros, Seabras, Pôncios, Cervans e muitos Santos das Novas Tecnologias claramente mostram uma manifesta falta de jeito em esconder o óbvio e disfarçar parcialidades e perversão em certos escritos e comentários, muitos até “enformando” consabida “linha editorial”. E se muitos nunca deram um pontapé numa bola, alguns saíam mal aos cruzamentos e ainda outros se atrapalhavam com o jogo rasteiro, todos eles se apresentam como verdadeiros “artistas” no blá-blá e no “apimentar” do futebol fora das quatro linhas, alongando-o muito para além dos 90 minutos!
Quanto ao futuro campeonato, diga-se, nada há a temer a não ser os habituais apedrejamentos nos viadutos ou fora deles, as ameaças e mesmo os encapotados “apelos” às armas em certos meios audiovisuais!... É que quanto às arbitragens, a continuidade fará vencimento, diz-se, e os “casos” suceder-se-ão. Naturalmente!...
No entanto, com o país em bancarrota e a urgência numa drástica redução das despesas, é animador e esperançoso pensar-se que não vai haver dinheiro para mais “túneis” e coisas do mesmo jaez, como arregimentar “stewards” à medida. Aliás, dizem-nos, por falta de dinheiro irão já ficar em standy by o aeroporto, a nova ponte sobre Lisboa, auto-estradas e outras obras públicas, mas isto é um outro “futebol”, e muito mais sujo, porque política. Como também são outros “futebóis”, mas de todo naturais e compreensíveis, as bolas de golfe no Norte em contraponto aos pequenos berlindes, coloridos ou não, em uso noutras paragens!... Aliás, diga-se, nem sequer há motivo para tanto espanto!...
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