Juntar sinergias para robustecer o território!
Voz aos Escritores
2025-06-06 às 06h00
Há oitenta anos terminou a Segunda Grande Guerra, o maior conflito da Humanidade à escala mundial, hecatombe que durou seis anos, ceifou milhões de vidas e derrocou milhares de aldeias, vilas e cidades em diversos países. A contabilidade da mortalidade é tétrica: vinte milhões de soldados, quarenta milhões de civis, seis milhões no Holocausto e vinte a trinta milhões de mortes por doenças relacionadas com a guerra e a fome. As bombas atómicas lançadas pelos norte-americanos sobre Hiroxima e Nagasaki, em Agosto de 1945, comprovaram a fragilidade do Mundo e abriram as portas para o poder e a defesa bélica que os países mais fortes passaram a recear, ameaçando também os potenciais inimigos.
O poder do armamento atingiu proporções à escala planetária. Se houver uma Terceira Guerra Mundial, será disputada com paus e pedras pelos escassos sobreviventes do arraso atómico ordenado e lançado por um dos loucos que governam a Terra. O Mundo vive na periclitante eminência da finitude e enquanto se gastam milhões em armamento, milhões morrem à fome ou por doenças incuráveis por falta de assistência médica. As ambições pela posse territorial continuam. A Rússia, geograficamente o maior país do planeta, liderado pelo ditador Vladimir Putin, não contente com essa extensão ou por razões de prepotência, teima em reconstituir a “Mãe Rússia” do tempo dos Czares invadindo a Ucrânia. Todos os dias assistimos impotentes aos horrores do povo ucraniano que suplicam protecção e ajuda à comunidade internacional e às instituições incumbidas da Paz, que nos meandros burocráticos e calculistas se mostram incapazes de tomar medidas eficazes para findar o conflito e repor a autodeterminação da Ucrânia que pretende ser um país livre, independente e democrático.
Os ucranianos, que sofreram horrores às mãos dos nazis e dos regimes comunistas e foram devastados pela fome, continuam na actualidade a sofrer os pavores da invasão, dos bombardeamentos e da falta de bens essenciais.
A Segunda Guerra Mundial deixou-nos um legado documental que muitos preservam em museus, livros, filmes e documentários, na vã gloriosa esperança de que a História não se repita. Nesse espólio destaca-se o Holocausto perpetrado pelos nazis contra o povo Judeu, os ciganos, os dissidentes políticos, os homossexuais e os que na deturpada visão genocida nazi não eram dignos da vida por serem estorvos numa sociedade que se pretendia impoluta, a pureza da raça ariana com pretensões de se expandir, povoar e dominar o Mundo.
O povo Judeu sempre foi perseguido desde tempos imemoriais, um povo que se destaca pela elevada cultura, evolução científica, capacidade empresarial, um povo talvez invejado por outros povos, um povo sem terra vítima dos maiores dos genocídios, escravizado em campos de concentração, aniquilado nos fornos crematórios nazis, espoliado dos bens, o bode expiatório de muitos governantes desde os reis católicos de Espanha e Dom Manuel I de Portugal até Hitler e a sua comandita de assassinos. Durante a Segunda Guerra, alguns dos que escaparam à máquina torcionária nazi, encontraram porto-seguro em territórios americanos, outros numa faixa de terreno árida que em 1948 seria declarada internacionalmente por estado soberano de Israel.
A 7 de Outubro de 2023, Israel sofreu um dos maiores ataques desde a sua existência, que nunca foi pacífica, pelos terroristas islâmicos do Hamas. Assistimos horrorizados no conforto das nossas casas à matança cruel de jovens, crianças e bebés israelitas, ao rapto de reféns que dura até aos dias de hoje. Esta invasão homicida espoletou outra guerra que não termina e que vitimiza os inocentes palestinianos. Questões religiosas à parte, os israelitas vingam-se nos palestinianos, o ódio gera ódio, o ódio que cresce na destruição da Faixa de Gaza, no rancor que cobre os escombros e os corpos amortalhados e subterrados de cinquenta e cinco mil civis inocentes da Palestina. A fome e as doenças proliferam, os hospitais são destruídos, matam-se técnicos de saúde, jornalistas e pessoal das instituições interna- cionais que a muito custo tentam distribuir bens essenciais pela população faminta e andrajosa que luta e enfrenta as balas por um quilo de farinha.
A escassa intervenção das instituições internacionais, criadas após a Segunda Guerra Mundial, pomposamente arvoradas defensoras da Paz e dos Direitos Humanos para que a guerra jamais se repetisse, é manifestamente insuficiente na Palestina e na Ucrânia. Enquanto se sugerem ineficazes sanções económicas, floresce o negócio das armas e morrem civis inocentes de todas as idades nas guerras sem fim, e o povo judeu, que outrora sofreu o genocídio, está a impô-lo ao povo palestiniano.
13 Junho 2025
30 Maio 2025
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