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Infeção urinária: tudo o que deve saber

A responsabilidade de todos

Infeção urinária: tudo o que deve saber

Voz à Saúde

2022-11-22 às 06h00

Cátia da Silva Teixeira Cátia da Silva Teixeira

A infeção do trato urinário (ITU) é uma das infeções bacterianas mais frequentes na sociedade. Segundo a Associação Portuguesa de Urologia, um em cada cinco mulheres adultas tem pelo menos um episódio de ITU ao longo da vida". Apesar da infeção urinária também afetar os homens, são as mulheres que apresentam um risco mais elevado de a desenvolver. A principal razão deve-se ao facto de possuírem uma uretra mais curta e próxima da vagina e do ânus e associa-se com frequência a condições que alterem o pH da vagina como, por exemplo, a menstruação, utilização de produtos de limpeza vaginais, infeções fúngicas vaginais (candidíase) ou mesmo o envelhecimento (diminui a eficácia dos mecanismos protetores contra as infeções urinárias).
A infeção urinária ocorre quando os tecidos destes órgãos são afetados por bactérias ou a outros agentes. Entre 70 a 80% das infeções urinárias são provocadas por Escherichia coli. Outras bactérias comuns são o Enterococcus, o Proteus e a Klebsiella. Em 10 a 15% dos doentes com sintomas não conseguimos identificar o agente envolvido. Contudo, é no trato urinário inferior (bexiga e uretra) onde ocorrem a maioria destas infeções. Como ocorrem em diferentes órgãos do trato urinário, a infeção urinária pode ser de diferentes tipos: Cistite, quando a infeção ocorre na bexiga, sendo a mais comum e a que é mais facilmente tratada; Pielonefrite, no caso de afetar o rim, cujo tratamento tem de ser mais prolongado e Uretrite, quando a infeção ocorre na uretra, sendo mais frequente no sexo masculino. No homem, há ainda a probabilidade da infeção estar associada à próstata (prostatite) ou aos testículos (orquite e orqui-epididimite). Dependendo do órgão em que ocorre, a infeção urinária pode apresentar distintos sintomas: Nos rins (pielonefrite): dor nas costas e nos flancos, febre alta, tremores e arrepios, náuseas e vómitos. Na bexiga (cisti- te): pressão pélvica, desconforto no abdómen inferior, micção frequente e dolorosa, sangue na urina. Na uretra (uretrite): ardor ao urinar e corrimento (escorrência) esbranquiçado, amarelado ou transparente.
O tratamento desta patologia passa pelo recurso a antibióticos, ao aumento da ingestão de água e à toma de analgésicos.
Não existem alimentos a evitar nas infeções urinárias pois estes não interferem na duração da infeção ou no tratamento. No entanto, alguns doentes referem que os alimentos ácidos, os picantes ou as bebidas gaseificadas podem agravar as queixas e como tal, para estes doentes, será preferível evitar este tipo de alimentos.
Para reduzir o risco de desenvolver infeção urinária, é aconselhável beber grandes quantidades de líquidos, sobretu- do água; efetuar a higiene de frente para trás depois de urinar ou de evacuar, prevenindo que bactérias da região anal se expandam para a vagina e uretra; esvaziar a bexiga depois das relações sexuais; utilizar sabões neutros para a higiene local; utilizar roupa interior em algodão e trocar regularmente e preferir os absorventes externos (pensos higiénicos) em detrimentos dos internos (tampões).
Não se esqueça: a Prevenção é a melhor Saúde!

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