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Infertilidade – quando engravidar não depende só da vontade do casal

A responsabilidade de todos

Infertilidade – quando engravidar não depende só da vontade do casal

Voz à Saúde

2022-11-15 às 06h00

Joana Afonso Joana Afonso

Ainda fazemos parte de uma geração que, juntando um casal, espera que o passo seguinte seja o de ter, pelo menos, um filho. No entanto, nem sempre tal é possível nem depende em exclusivo da vontade do casal. E se o casal não conseguir, por mais que queira, ter filhos? Estima-se que um em cada dez casais sofra de Infertilidade em Portugal.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde define-se como Infertilidade a “ausência de gravidez após 12 meses ou mais de relações sexuais regulares e sem uso de contraceção”, no entanto, considera-se estar perante um caso de Infertilidade quando não se consegue obter uma gravidez após um ano de tentativa. Um intervalo que reduz para 6 meses se a mulher tiver mais de 35 anos. Estão incluídos, também, os casos em que não conseguem levar a gestação até ao final.
Pode resultar de um problema da mulher, do homem, ou de ambos, em igual proporção. Em cerca de 10% dos casais não se consegue esclarecer qual a causa.
Saiba que a Fertilidade é influenciada por fatores como:
• A idade da mulher, de forma mais significativa, a partir dos 35 anos;
• Tipo e a frequência das relações sexuais. A prática de sexo seguro é uma das formas de maior prevenção para evitar doenças sexualmente transmissíveis que possam ter um impacto negativo na fertilidade do casal;
• Consumo de tabaco (incluindo o fumo passivo), álcool ou drogas ilícitas;
• Uso de certos medicamentos;
• Hábitos alimentares e estilos de vida;
• Toxinas ambientais. Evitar altos níveis de mercúrio em alimentos (por exemplo no espadarte e na cavala). Evitar o benzeno (presente em detergentes, corantes, borrachas, lubrificantes, produtos para o cabelo) que pode interromper o ciclo menstrual das mulheres e diminuir a contagem de espermatozoides nos homens;
• Alterações significativas do peso corporal (Índice de Massa Corporal < 19 ou >29 kg/m2);
• Exercício físico excessivo, trabalho intenso ou que seja realizado por turnos e stress, têm um impacto negativo.
O diagnóstico tende a ser demorado e dispendioso e, mesmo com o devido acompanhamento médico, nem sempre é possível garantir que a gravidez venha a ocorrer. Além do acompanhamento médico serão necessários exames laboratoriais como estudos hormonais, genéticos, avaliação da qualidade do esperma e exames de imagens como, por exemplo, ecografias.
O tratamento dependerá da causa e pode integrar medicação, cirurgias, inseminação artificial ou reprodução medicamente assistida. Saiba que o Serviço Nacional de Saúde oferece apoio aos casais que se encontrem nesta situação e, de acordo com critérios definidos, orienta o tratamento de Infertilidade de forma individualizada. Não hesite em consultar o seu Médico Assistente, ele saberá como ajudar. Porque ter um filho, nem sempre depende em exclusivo da vontade do casal.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!

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