Os amigos de Mariana (1ª parte)
Ideias
2017-01-31 às 06h00
“Quando vier a inspiração ela que me apanhe a trabalhar”, atribuída ao mestre Picasso esta frase reflete uma das grandes preocupações que vamos sentindo no nosso dia a dia.
No passado sábado, na formação que a ANEIS disponibilizou à comunidade educativa sobre as nossas crianças e jovens com características de sobredotação, uma das temáticas que voltou novamente a ser referida, porque sempre preocupa os pais e professores, é a discrepância que acontece por vezes entre as a suas reais capacidades e a falta de rendimento que apresentam se não a todas, pelo menos a algumas disciplinas. Sem dúvida, um dos graves problemas com que vamos lidando é a desmotivação académica.
A motivação (ou a falta dela) tão necessária para a aprendizagem é de forma sistemática um dos grandes catalisadores (ou entraves) à correlação potencial intelectual e sucesso escolar.
Daí que, Carol Dweck, psicóloga e investigadora da Universidade de Stanford, na resposta à pergunta “Pessoas que possuem algum dom ou talento especial irão destacar-se tanto na vida académica como na profissional?”, tivesse escrito um redondo “Errado!”.
Ela garante que “focarmo-nos apenas na inteligência e no talento pode deixar as crianças desmotivadas e com medo de aprender, enquanto que valorizar o progresso e a persistência irá produzir grandes lutadores e empreendedores”. Elogiar os processos, estimular a curiosidade e o gosto por aprender, contar histórias que enfatizem o trabalho e o desejo de aprender, usar o “cérebro” como uma máquina que quanto mais é usada mais forte se torna… ou seja, colocarmo-nos em situação de trabalho para que a inspiração chegue… é com certeza a fórmula ideal que coloca os nosso dons e talentos ao nível do que é esperado.
Quantas vezes estes alunos rejeitam o sistema educativo, apresentam insucesso escolar, desenvolvem problemas de comportamento e /ou de ansiedade, porque aquilo que se espera deles é focado apenas na sua inteligência.
Aliás, serve de desculpa para a rotulação, para a discriminação dentro da sala de aula, serve de trunfo para o professor que apenas está preocupado em encontrar no aluno, e não nele, o “culpado” do seu insucesso. Criamos, isso sim, pessoas vulneráveis ao fracasso, com medo de desafios e desmotivadas a aprender. Nenhum professor incentiva os seus alunos quando refere a sua inteligência… bem pelo contrário. A motivação nasce de palavras voltadas para o elogio na persistência ou nas estratégias para a resolução de problemas. A inteligência é assim a faculdade de aprender, entender, raciocinar, adaptar-se facilmente, percepção e capacidade de resolver situações problemáticas.
O esforço são atitudes, o que é realizado ou executado. Pensar e raciocinar requerem esforço.
O esforço envolve dispêndio de energia, força, coragem, ânimo, a motivação necessária ao sucesso escolar.
Como dizia Winston Churchill “Esforço contínuo - não força ou inteligência - é a chave para desbloquear o nosso potencial”. E o sucesso está na sabedoria, não na inteligência. Está naquilo que se sabe e se demonstra que se sabe. Porque se é SÁBIO…
Segundo o filósofo grego Sócrates: “O homem inteligente não é sábio. Sábio é o homem que esforçando-se se torna inteligente.”
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