Fala-me de Amor
Ideias
2017-12-01 às 06h00
Éo que está a dar, e não há português que passe ao lado de umas boas pataniscas de bacalhau, que há muito ultrapassaram a sua origem saloia, popularesca e aldeã e a sua natureza de mero “remedeio”e aproveitamento de umas sobras ou partes menos “nobres” do bacalhau. Vencidas que foram as dificuldades naturais de sua humilde origem e natureza caseira, as pataniscas passaram a tomar parte nas mais recheadas, ricas e famosas “entradas” de almoço ou jantar frequen-tado por “habitués”, “garfos” exigentes e requintados convivas. Aliás impõe-se dizer que já há restaurantes, casas de pasto e “tasquinhas” famosas pelas suas pataniscas da bacalhau, que passaram a “cartaz” de propaganda e marca da casa.
Aliás o problema das pataniscas ou iscas de bacalhau é que nos últimos tempos se meteram em “altas cavalarias”, tendo-se “enrodilhado” em novas ideias e experiências com a palavra “pataniscas” a estender-se a outros acepipes aparentados no aspecto, ainda que recheados de outros ingredientes, por vezes extravagantes. “Criando-se” experiências, mudaram-se condimentos e recheios e apenas “sobreviveu” o básico e original de uns ovos bem mexidos e batidos, depois “enriquecidos” com elementos que “respondam” às exigências gastronómicas e insólitas do freguês. Que poderá optar por outro peixe, seja cozido, assado, cru ou de conserva, que não o bacalhau, dispensar a salsa e a cebola picadas, a pitadinha de sal e um “cheirinho”de pimenta ou outra especiaria, não sendo de excluir eventuais “pataniscas” com coentros, cebolinho, cenoura, pimentos e pepinos, tudo muito bem picado, “condimentado”, “misturado” e depois “casado”com uns ovos bem batidos. Aliás, tudo em formato da tradicional patanisca.
Tal como nos “cozinhados” políticos e de governo, são muitos os “Chefs”, já com a estrela Michelin ou à mesma candidatos, peritos em “pataniscas” e outros “pitéus” (?!) que do bacalhau nem sequer têm um “cheirinho”. Aliás, na vulgar e conhecida “tasca da política” são frequentes “omoletas” e “ovos mexidos”, ainda que com outro nome e formato, sendo os “ingredientes” e “experiências” tão insólitas que vêm-nos sido servidas as mais esotéricas “pataniscas” devido aos “Chefs” que ocasionalmente mexem nos “tachos” e “frigideiras” e “batem os ovos”. Como no caso das “pataniscas” da gerigonça, de conteúdo, sabor e recheio insólitos e extravagantes, que têm vindo a ser “cozinhadas” pelo emproado “Chef” Costa com a ajuda da Catarina e do Jerónimo, de “touca” ou “barrete”brancos enfiados. Com mais “sal” do que o permitido e aconselhado, “mescladas” por um ou outro adocicado “pingo” de mel, tais “pataniscas” têm vindo a ser ardilosamente condimentadas com certos “pós” picantes, “sementes”estranhas, “espigas” e “abrolhos”amargos, nada salutares para o povo. Mas se o “Chef” Costa se vem “alimentando” com tal gerigoncina confecção de “pataniscas”, que aliás propagandeia sempre que pode e “seus” media o deixam, a verdade é que a “clientela” já se saturou dos condimentos e se volta para outras “pataniscas”, e não apenas de bacalhau.
Realmente numa outra das “tascas” da política, e em compita, já foram anunciadas “pataniscas” de ética, aliás uma raridade gastronómica de excêntrica, dificílima e quase impossível confecção no meio, com um tal Rio a perfilar-se como candidato a “Chef” desejoso da “touca” apropriada, e não lhe faltam ajudantes para a “cozinha”, aquela “dependência” das tascas onde abundam “tachos”, “frigideiras” e “panelas”, e de vários tamanhos, além de ovos e diversos ingredientes. Aliás umas “pataniscas” que, juntas às do governo e ainda à venda, vão fazer “concorrência” a umas outras, já célebres, que vêm sendo confeccionadas desde há tempos por um habilidoso “Chef” da cozinha portuguesa, “arte” e local em que se mostra genicoso e popular na luta por uma estrela “Michelin”. De “paladar” refinado, apurado “sabor”, especial “cobertura” e oportuna divulgação, a verdade é que não é possível esquecer as famosas “pataniscas” do esperto e inteligente Marcelo, o de Belém. Que aliás vem “vendendo”, e bem, as suas conhecidas “pataniscas” de afectos, umas “pataniscas” de marca e com larga clientela, que “populariza” e distribui por todo o país e tudo quanto mexe, sofre e... é povo, “embrulhadas” num abraço, “enroladas” num beijo, ”acondicionadas” num sorriso ou selfie e “apresentadas ” sempre quentes, envoltas em palavras de esperança e conforto.
Umas “pataniscas” originais, de aspecto e sabor agradáveis,mesmo sem bacalhau, e cada vez mais oportunas e úteis porque as “pataniscas” do “Chef” Costa já não satisfazem o apetite nem agradam ao paladar, tanto mais que têm sido “condimentadas” por calamidades e desgraças, começam a ter o “sabor” de tempos difíceis e a “marca” de um Estado em falência. Uma falência em ordem, poder, honestidade, seriedade e verdade e que nem sequer um orçamento engenhoso, “manhoso” e com uns “salpicos” de promessas consegue disfarçar. O galopante aumento do custo de vida, o agravamento nos bens e serviços devido a taxas e “engenhosos” impostos indirectos, a insegurança reinante, a grave e crescente criminalidade, o desrespeito pelas leis, polícias e tribunais, a paz social num caos, etc., são realidades inultrapassáveis. Apesar da “bondade” das estatísticas quanto a baixos juros, desemprego, crescimento na economia e confiança do povo, não são o aumento duns míseros euros escapados às “cativações”, as “engenhosas” e falaciosas mudanças no IRS, o descongelamento de carreiras, a questão dos recibos verdes, etc., que mudam a imagem de um Governo e dum Estado em falência de poder e seriedade em que os casos dos incêndios, o roubo de armas em Tancos, as mortes devido a uma legionela “cultivada” num hospital público, os destemperos de governantes e outros casos como o do Panteão, etc., tornam a situação insólita e insuportável.
As desculpas apresentadas, reais ou “fingidas”, o ar pesaroro, ignorância e alheamento patenteados não apagam culpas, ilibam responsabilidades ou minorizam incompetências e inabilidades. Agradar a gregos e troianos e manter o poder, como faz o “Chef” Costa, não é mais possível. O povo, prevendo um “fracasso”, não esquece a “brutal” dívida pública, não “enfatiza” o que vem de Bruxelas nem “ignora” algumas observações e dúvidas com igual origem, e não compreende os“caramelos” dados ao PC e BE só para os ter à mão, ignorando realidades e a tragédia surgida com o socialista Sócrates. Com casos mal resolvidos, “cozinham-se” leis à pressa sem garantias e os devidos condimentos, vem-se alimentando e alargando um “clube de amigos e colegas” que proteja as costas ( e o Costa) com uns “amens”, sabendo-se que o “Chef” gosta de fazer “pataniscas”, de quem o bajule e de poder. Aliás já se pensa, visando o futuro, alargar e aumentar a confecção de tais “pataniscas” com o “condimento” bloquista, tal como Medina em Lisboa, minorizando-se os efeitos perversos de “mistura”tão picante para quem não tenha “espasmos” de poder e se iluda com gratuitas palavras. Na realidade, e como mal menor, não falta já quem prefira as “pataniscas” de afectos, ainda que “deslavadas” e com “ovos mal batidos”, em ânsia por outros “pitéus”.
15 Fevereiro 2025
Nobel de Economia de 2024: desigualdade, colonização e instituições
14 Fevereiro 2025
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário